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23/06/2005 - 10h12

Produtores e artistas usam linguagem própria na captação de recursos

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da Folha de S. Paulo

As leis de incentivo à cultura têm uma língua própria. A nomenclatura do "captar", "formatar projetos", "proponente" (autor) foi sendo aos poucos incorporada ao cotidiano de produtores e artistas. Hoje, é inescapável.

Os projetos também são escritos com estrutura e vocabulário particulares. Tentam resumir em poucas palavras idéias extensas e/ou complexas.

Aprovado em 2005 pelo Ministério da Cultura, o filme "Palavra Chave" descreve-se assim: "Produção de um média-metragem, documentário, com duração de 50 minutos, com objetivo de oportunizar o conhecimento por meio da decifração de palavras, localizando suas origens lingüísticas, desvendando vínculos de sentido, analisando transformações e aplicações cotidianas. Será exibido na TV Cultura e também disponibilizado em DVD".

Aprovado com orçamento de R$ 157 mil, o projeto conseguiu reunir até agora R$ 56 mil, com uma empresa do setor privado cujo nome o produtor André Martirani prefere não revelar.

Martirani afirma que o filme tratará "da etimologia da palavra, através de alguns temas, como o corpo humano". A abordagem do assunto ficará por conta do lingüista e professor Flávio di Giorgi.

O produtor afirma que esta é a primeira vez que ele tenta produzir com o benefício da Lei Rouanet. "Creio que este projeto não teria a possibilidade de ser realizado sem o apoio da lei."

Os patrocinadores-alvo de Martirani são "empresas de grande porte, de faturamentos astronômicos e que já operam através da lei". Ele diz que, "pelo menos neste momento", não cogita "convencer alguém que nunca participou da lei a participar pela primeira vez".

Como apenas parte de seu patrocínio está garantido até agora, o projeto "Palavra Chave", da categoria "audiovisual" é classificado pelo MinC no rol dos que têm "captação parcial". Ao seu lado na lista dos que percorreram parte do caminho, encontram-se propostas das outras áreas da cultura incentivadas pela Lei Rouanet.

É o caso do projeto apresentado pelo Espaço Cultural CPFL, que pertence à categoria "artes integradas". Seu objetivo: "Propiciar um ambiente para a busca de alternativas, trazendo personalidades do mundo artístico em suas múltiplas expressões, para interagir com o público em eventos que transcorrerão de março a novembro de 2005, na cidade de Campinas, no Espaço Cultural CPFL".

Autorizado a captar R$ 2,8 milhões, o projeto obteve até o momento R$ 754 mil, segundo o MinC. O ministério diz que estão em curso no país 15 mil projetos incentivados pela Lei Rouanet.

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