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18/10/2000
-
17h18
da France Presse
em Hamburgo
Um escritor digno desse nome só pode existir contra a maré das idéias dominantes, estima o Prêmio Nobel de Literatura 2000, o escritor chinês, nacionalizado francês, Gao Xingjian, em um artigo que será publicado pelo semanário alemão "Die Zeit" amanhã.
"Quando o escritor vai contra a sociedade, quando faz ouvir sua própria voz, creio que só então sua voz é uma verdadeira voz", escreveu em um texto intitulado "O absurdo e eu".
"Em uma época na qual as ideologias se desmoronam diante de nossos olhos, só se pode preservar a própria independência espiritual duvidando de si mesmo. Por experiência, posso dizer que não se deve levar a sério nem crer no gosto das massas", acrescentou.
No artigo, Gao lamenta "a desgraça da literatura chinesa amarrada por ordens, princípios, normas e exemplos", mas critica também o "transbordamento" de formas de narrativa adotadas pelo mundo ocidental.
"Quanto mais se renovou a forma, mais se perdeu o contato com o mundo real e mais a literatura deixou de ter vida", concluiu.
Leia mais notícias de Ilustrada na Folha Online
"Não se deve levar a sério o gosto das massas", diz Gao Xingjian
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Um escritor digno desse nome só pode existir contra a maré das idéias dominantes, estima o Prêmio Nobel de Literatura 2000, o escritor chinês, nacionalizado francês, Gao Xingjian, em um artigo que será publicado pelo semanário alemão "Die Zeit" amanhã.
"Quando o escritor vai contra a sociedade, quando faz ouvir sua própria voz, creio que só então sua voz é uma verdadeira voz", escreveu em um texto intitulado "O absurdo e eu".
"Em uma época na qual as ideologias se desmoronam diante de nossos olhos, só se pode preservar a própria independência espiritual duvidando de si mesmo. Por experiência, posso dizer que não se deve levar a sério nem crer no gosto das massas", acrescentou.
No artigo, Gao lamenta "a desgraça da literatura chinesa amarrada por ordens, princípios, normas e exemplos", mas critica também o "transbordamento" de formas de narrativa adotadas pelo mundo ocidental.
"Quanto mais se renovou a forma, mais se perdeu o contato com o mundo real e mais a literatura deixou de ter vida", concluiu.
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