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15/07/2005
-
10h50
SILVANA ARANTES
Enviada especial da Folha a Paris
O show "Viva Brasil", em Paris, anteontem, fez milhares de pessoas tomarem a praça da Bastilha --marco francês da revolução e do ideal do fim dos privilégios--, enquanto convidados brasileiros travavam uma batalha de crachás nos bastidores do palco. Na praça, entre estimadas 100 mil pessoas, a comunidade brasileira, turistas e residentes na capital francesa, aparentava maioria. Muitos fizeram questão de se vestir de Brasil, cobrindo o corpo e a cabeça com as cores e, às vezes, com a bandeira do país.
Mas havia também um bom número de franceses, que tentavam adotar o ritmo e o idioma reinantes. Nem sempre com sucesso. Do palco, Jorge Benjor foi um dos que destravaram línguas na platéia, com seu refrão "têtêtêrêtêtê".
Atrás do palco, a história era outra. Camarins para os artistas e uma área de convivência para convidados foram preparados pelos promotores do show, as redes de supermercado Pão de Açúcar e Casino (francesa).
Aos convidados foram distribuídos crachás de cores diferentes. As variações cromáticas indicavam a quais áreas seu usuário tinha acesso, sendo o palco o máximo dos máximos aonde se podia chegar.
Uma certa confusão começou quando, nas portarias da área privativa, os seguranças franceses começaram a negar acesso a quem tinha crachá. Um diplomata brasileiro, que trabalhou na organização da visita oficial do presidente Lula a Paris, foi barrado, mesmo com um crachá em que se lia "acesso total".
Na área de convivência, comentava-se que até Flora Gil, mulher do ministro da Cultura, Gilberto Gil, tinha passado pelo mesmo. E eis que, quando o presidente Lula subiu ao palco, a segurança levou um susto. Um homem surgiu na boca do palco e ia em direção ao presidente, até ser contido e retirado dali. Saiu dizendo que era cantor e compositor e que subira ao palco em busca da fama. Acredita que a divulgação de sua foto ao lado de Gil e Lula impulsionaria a venda de seus discos.
"Le Monde"
Na edição de ontem, o jornal "Le Monde" destacou a presença no "Viva Brasil" do cantor francês Henri Salvador, que viveu no Rio durante a Segunda Guerra, como exemplo da amizade entre os dois países. O jornal também disse que houve alguma demagogia no show, como Gil cantando músicas de Bob Marley.
A jornalista Silvana Arantes viajou a Paris a convite do Grupo Pão de Açúcar.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Ano do Brasil na França
Show do Brasil na França tem guerra de crachá
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Enviada especial da Folha a Paris
O show "Viva Brasil", em Paris, anteontem, fez milhares de pessoas tomarem a praça da Bastilha --marco francês da revolução e do ideal do fim dos privilégios--, enquanto convidados brasileiros travavam uma batalha de crachás nos bastidores do palco. Na praça, entre estimadas 100 mil pessoas, a comunidade brasileira, turistas e residentes na capital francesa, aparentava maioria. Muitos fizeram questão de se vestir de Brasil, cobrindo o corpo e a cabeça com as cores e, às vezes, com a bandeira do país.
Mas havia também um bom número de franceses, que tentavam adotar o ritmo e o idioma reinantes. Nem sempre com sucesso. Do palco, Jorge Benjor foi um dos que destravaram línguas na platéia, com seu refrão "têtêtêrêtêtê".
Atrás do palco, a história era outra. Camarins para os artistas e uma área de convivência para convidados foram preparados pelos promotores do show, as redes de supermercado Pão de Açúcar e Casino (francesa).
Aos convidados foram distribuídos crachás de cores diferentes. As variações cromáticas indicavam a quais áreas seu usuário tinha acesso, sendo o palco o máximo dos máximos aonde se podia chegar.
Uma certa confusão começou quando, nas portarias da área privativa, os seguranças franceses começaram a negar acesso a quem tinha crachá. Um diplomata brasileiro, que trabalhou na organização da visita oficial do presidente Lula a Paris, foi barrado, mesmo com um crachá em que se lia "acesso total".
Na área de convivência, comentava-se que até Flora Gil, mulher do ministro da Cultura, Gilberto Gil, tinha passado pelo mesmo. E eis que, quando o presidente Lula subiu ao palco, a segurança levou um susto. Um homem surgiu na boca do palco e ia em direção ao presidente, até ser contido e retirado dali. Saiu dizendo que era cantor e compositor e que subira ao palco em busca da fama. Acredita que a divulgação de sua foto ao lado de Gil e Lula impulsionaria a venda de seus discos.
"Le Monde"
Na edição de ontem, o jornal "Le Monde" destacou a presença no "Viva Brasil" do cantor francês Henri Salvador, que viveu no Rio durante a Segunda Guerra, como exemplo da amizade entre os dois países. O jornal também disse que houve alguma demagogia no show, como Gil cantando músicas de Bob Marley.
A jornalista Silvana Arantes viajou a Paris a convite do Grupo Pão de Açúcar.
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