Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/07/2005 - 09h42

SP vê novos movimentos do Balé da Cidade e da Quasar

Publicidade

BEATRIZ PERES
da Folha de S. Paulo

Uma estréia no mais tradicional teatro de São Paulo (o Municipal) e uma mostra em sua principal avenida (a Paulista) concentram as atenções da cidade na programação de dança.

No Municipal, o Balé da Cidade de São Paulo apresenta neste sábado (dia 23) a coreografia "A Linha Curva", composta pelo israelense Itzik Galili por encomenda do Festival de Dança da Holanda, que acontece em novembro.

Galili, que já teve suas composições executadas por algumas das mais importantes companhias do mundo, como o Nederlands Dans Theater e o Ballet du Grand Théâtre de Genève, criou um trabalho pela primeira vez para o Balé da Cidade, depois de um namoro que já dura alguns anos. "Temos conversado sobre isso desde que ele viu uma apresentação nossa na Europa em 2002", conta a diretora Mônica Mion.

"A Linha Curva" tem música de percussão criada pelo grupo holandês Percossa e executada ao vivo aqui pelos brasileiros do Durum. "Tem batuque e tambor porque Galili fez questão que o espetáculo tivesse um pouco do Brasil", diz Mion. "Mas não é a visão tradicional sobre o país."

Num registro bastante diferente, o Balé da Cidade deve mostrar ainda o duo "Frágil", delicado presente de última hora do coreógrafo israelense para a companhia paulistana. "Galili me mostrou e perguntou se eu gostava. Eu disse que sim e ele nos deu a criação", lembra Mion.

Completa o programa "Dualidade@br", criação de 2001 do iraniano Gagik Ismailian. A companhia faz sua primeira estréia já no segundo semestre depois de um começo de ano conturbado. "A troca de governo, como sempre acontece, atrasou toda a programação do Balé", diz Mion, que não esperava continuar à frente do grupo.

Para outubro, está previsto um espetáculo infantil em comemoração dos 200 anos de nascimento do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen.

Panorama

Em outra parte da cidade, o Panorama Sesi de Dança 2005 reúne 11 apresentações gratuitas, de hoje (19) a domingo (24) no teatro Popular do Sesi, na avenida Paulista.

Com curadoria da jornalista e colaboradora da Folha Ana Francisca Ponzio, a quinta edição da mostra é aberta e encerrada com convidados (a companhia mineira SeráQ e a goiana Quasar), mas tem apenas grupos paulistanos no recheio. "A intenção é propor um recorte da produção de dança que é feita aqui e combinar isso com outras companhias que dialogam, de alguma maneira, com a cidade", afirma Ponzio.

Dirigida pelo paulistano Rui Moreira, a SeráQ inicia a mostra com "Homens", do próprio diretor, no palco principal, e "Não Digas Nada", de Henrique Rodovalho (Quasar), no foyer do teatro. "As duas coreografias trazem a mineiridade da companhia, uma capacidade artesanal de construir as coisas que representa um contraponto à velocidade acelerada de São Paulo", diz Moreira.

No encerramento, a Quasar faz pré-estréia em São Paulo de "Só Tinha de Ser com Você", do diretor e coreógrafo Henrique Rodovalho, com temporada oficial marcada para novembro.

Rodovalho troca a percussão e a música eletrônica que marcaram seus últimos trabalhos pelas canções do disco "Elis e Tom", gravado em 1974. "É o meu lado mais pessoal, que eu ainda não tinha desenvolvido com a Quasar", diz o diretor, sobre o espetáculo que estreou em março no CCBB-Rio.

No lugar da emoção derramada que poderia derivar do disco, Rodovalho optou por movimentos abstratos que seguem "princípios matemáticos de precisão" para não competir com o lirismo das canções. "Os movimentos foram criados sem música e se desenvolvem num universo próprio, independente", explica o coreógrafo.

Entre as companhias paulistanas que compõem o evento, destaque para a noite de quinta, que tem "Som do Movimento", o primeiro solo do dançarino de rua Frank Ejara, fundador do Discípulos do Ritmo. A coreografia foi feita sob encomenda de um festival em Aix-en-Provence, na França. Na mesma noite, a Key Zetta e Cia., dirigida por Key Sawao, apresenta "Obrigado por Vir - Modo Operante".

Inspirada pela obra do escritor Paulo Leminski (1944-1989), a Cia. Corpos Nômades dança amanhã "Hyperbolikós", de João Andreazzi, que também interpreta o solo "Nocaute".

Letícia Sekito e Diogo Granato, com passagens pelo Estúdio Nova Dança, apresentam respectivamente as coreografias "Disseram que Eu Era Japonesa" e "Seis Sentidos" na sexta. E, no sábado, Lu Favoreto (Cia. Nova Dança) mostra "Compêndio para a Velhice" enquanto Emilie Sugai executa sua própria criação, "Totem".

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre o Balé da Cidade de São Paulo
  • Leia o que já foi publicado sobre o Quasar
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página