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28/07/2005
-
18h26
da Folha Online
Dois dias após receber a notícia das nomeações de "Desperate Housewives" ao Emmy, Marc Cherry, criador do seriado e homossexual assumido, esteve no "Outfest 2005", um festival de cinema GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros). Ele participou de uma mesa-redonda para discutir a relação da programa com o tema gay.
Embora o foco principal do seriado não seja o público gay, Cherry disse que suas reflexões sobre o tema inevitavelmente aparecem em sua obra. A série faz uma sátira sobre a vida de quatro mulheres que vivem em um tranqüilo bairro residencial americano
Os fãs do seriado, que alcança mais de 24 milhões de telespectadores, devem ter provavelmente ficado decepcionados com o que ouviram de Cherry.
"Sim, um adolescente beijou um colega. Sim, uma lésbica deverá aparecer no seriado em algum momento", afirmou Cherry ao falar sobre o programa.
"Minha obrigação é entreter, se as histórias causam impacto emocional e social nas pessoas, é maravilhoso, mas não é meu principal objetivo", resumiu.
Um fã chegou a dizer a Cherry que ele certamente seria uma das pessoas mais poderosas para abordar o assunto homossexualidade nas telas, mas ele afirmou apenas: "Isso é aterrorizador".
Na semana passada, o seriado ficou com 15 indicações ao Emmy e concorre no quesito melhor comédia com "Will & Grace", que traz pelo menos dois personagens homossexuais.
"Ele roubou a nossa linha", brincou Max Mutchnick, produtor do seriado "Will & Grace", ao ouvir as afirmações de Cherry sobre o programa ser mais uma forma de entretenimento do que um tratado formal sobre determinado assunto.
"Nós não criamos o show para mudar a opinão das pessoas ou as atitudes", afirmou David Kohan, também produtor de "Will & Grace". "Nosso proposta é trazer uma comédia romântica, não fazemos nada com objetivo político", acrescentou.
"Se as pessoas realmente não gostam da forma com que abordamos certas questões, por que a audiência continua crescendo?", questionou Kohan.
Josh Aterovis, escritor de programas e homossexual, disse que deu as boas vindas para o sucesso de Cherry, porque ele mostra que os gays não devem ficar trancados no armário. Mas, apesar de gostar do seriado, Aterovis não concorda com o modo que o autor da série trata o tema.
Segundo ele, as retratações dos gays mostram sempre o lado negativo e Cherry não foge ao padrão. Ele cita como exemplo que o menino que está explorando o universo homossexual é o mesmo que matou uma mulher após um acidente de trânsito, e que não expressa qualquer tipo de remorso por isso.
Com agências internacionais
Especial
Leia o que já foi publicado sobre "Desperate Housewives"
Criador de "Desperate Housewives" decepciona público gay
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Dois dias após receber a notícia das nomeações de "Desperate Housewives" ao Emmy, Marc Cherry, criador do seriado e homossexual assumido, esteve no "Outfest 2005", um festival de cinema GLBT (Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros). Ele participou de uma mesa-redonda para discutir a relação da programa com o tema gay.
Embora o foco principal do seriado não seja o público gay, Cherry disse que suas reflexões sobre o tema inevitavelmente aparecem em sua obra. A série faz uma sátira sobre a vida de quatro mulheres que vivem em um tranqüilo bairro residencial americano
Os fãs do seriado, que alcança mais de 24 milhões de telespectadores, devem ter provavelmente ficado decepcionados com o que ouviram de Cherry.
"Sim, um adolescente beijou um colega. Sim, uma lésbica deverá aparecer no seriado em algum momento", afirmou Cherry ao falar sobre o programa.
"Minha obrigação é entreter, se as histórias causam impacto emocional e social nas pessoas, é maravilhoso, mas não é meu principal objetivo", resumiu.
Um fã chegou a dizer a Cherry que ele certamente seria uma das pessoas mais poderosas para abordar o assunto homossexualidade nas telas, mas ele afirmou apenas: "Isso é aterrorizador".
Na semana passada, o seriado ficou com 15 indicações ao Emmy e concorre no quesito melhor comédia com "Will & Grace", que traz pelo menos dois personagens homossexuais.
"Ele roubou a nossa linha", brincou Max Mutchnick, produtor do seriado "Will & Grace", ao ouvir as afirmações de Cherry sobre o programa ser mais uma forma de entretenimento do que um tratado formal sobre determinado assunto.
"Nós não criamos o show para mudar a opinão das pessoas ou as atitudes", afirmou David Kohan, também produtor de "Will & Grace". "Nosso proposta é trazer uma comédia romântica, não fazemos nada com objetivo político", acrescentou.
"Se as pessoas realmente não gostam da forma com que abordamos certas questões, por que a audiência continua crescendo?", questionou Kohan.
Josh Aterovis, escritor de programas e homossexual, disse que deu as boas vindas para o sucesso de Cherry, porque ele mostra que os gays não devem ficar trancados no armário. Mas, apesar de gostar do seriado, Aterovis não concorda com o modo que o autor da série trata o tema.
Segundo ele, as retratações dos gays mostram sempre o lado negativo e Cherry não foge ao padrão. Ele cita como exemplo que o menino que está explorando o universo homossexual é o mesmo que matou uma mulher após um acidente de trânsito, e que não expressa qualquer tipo de remorso por isso.
Com agências internacionais
Especial
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