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02/08/2005 - 09h35

"Sopro no Coração" estréia Sessão Cineclube da Folha

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da Folha de S.Paulo

"Foi um soco no estômago muito brutal." Assim o psicanalista e colunista da Folha Contardo Calligaris descreve a sensação que teve quando assistiu ao longa "Sopro no Coração" ("Le Souffle Au Coeur") pela primeira vez, há cerca de 30 anos.

É com esse filme que a Folha e o Espaço Unibanco de Cinema lançam na próxima terça-feira, dia 9 de agosto, às 20h, a Sessão Cineclube. O evento, gratuito e mensal, exibirá filmes clássicos escolhidos por um convidado especial para ser comentado e debatido com o público presente.

Contardo é o convidado para a estréia. A apresentação e mediação serão feitas por Sérgio Rizzo, crítico de cinema da Folha.

A Sessão Cineclube exibirá sempre filmes que ainda não tenham saído em DVD, como "Sopro no Coração", ou que não sejam de fácil acesso. Os interessados em participar do evento devem retirar sua senha na bilheteria do Espaço Unibanco a partir das 19h30.

"Acho muito interessante essa idéia de trazer filmes difíceis", afirma Contardo, que, após uma pausa, completa: "Aprendi a gostar de cinema em um cineclube nos tempos de colégio. Por isso o cinema acabou se tornando algo tão importante para mim".

A nostalgia desses tempos logo dá espaço a outras lembranças, essas diretamente relacionadas a "Sopro no Coração". Contardo conta, então, com base em suas próprias sensações, que o filme é "riquíssimo para a análise" de um psicanalista. "Mas não só. É um filme interessantíssimo para qualquer um que teve mãe."

Dirigido por Louis Malle, "Sopro no Coração", de 1971, conta a história de Laurent, um adolescente de família burguesa, e o relacionamento especial que ele tem com sua mãe, Clara.

Depois de uma escarlatina, Laurent contrai sopro no coração e vai, acompanhado de sua mãe, se tratar em uma estação climática. Longe do pai e dos irmãos, com quem não se dava muito bem, aprofunda essa relação especial que tem com Clara.

O filme, de acordo com Contardo, "causou espécie" na década de 70. O psicanalista tinha então seus 25 anos. Hoje, com mais que o dobro daquela idade, vai rever o filme com a impressão de que sentirá "algo muito parecido".

Segundo Contardo, a forma como o tema é conduzido é "raríssima" e permite um debate tanto sobre o relacionamento entre mãe e filho como sobre dramas e escândalos que poderiam ter sido "apenas uma coisa boa".

"Nesse filme, como freqüentemente acontece, a narrativa, a história contada é mais importante que as considerações técnicas --que também podemos fazer, porque é um filme de um grande diretor. Mas é a história o que mais me interessa", diz Contardo.

Sessão Cineclube - "Sopro no Coração"
Quando: terça-feira, dia 9, às 20h
Onde: Espaço Unibanco de Cinema (r. Augusta, 1.470/1.475, tel.: 3288-6780)
Quanto: entrada gratuita

Especial
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