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20/10/2000
-
04h42
da Folha de S.Paulo
A turnê "3001", de Rita Lee, chega nesta sexta (20) a São Paulo, trazendo a cantora, compositora e roqueira paulistana de volta a um ritual de que o show business brasileiro parece andar esquecido: o do bis.
Entre rocks, teremins (instrumento "marciano" que se popularizou nos anos 60 em mãos como as de Brian Wilson, dos Beach Boys) e alguma eletrônica, Rita resolveu derrubar a burocracia que tem dominado as sessões de bis e entregar, de fato, as escolhas do bloco final à platéia.
"Durante o show, o repertório é de novíssimas e de "lados B". Todo mundo fica prestando atenção nos vídeos caseiros propositalmente chulé que Gringo Cardia fez e não percebe que não cantamos "Ovelha Negra", "Mania de Você"... O bis, então, é a hora de compensar. Às vezes dura mais de meia hora", explica Rita.
Além do rosário de hits, a sessão rendeu surpresas por onde passou. "Pediram "Pirata Cigano" (82), que odeio e não sei mais cantar. Era uma bicha louquíssima, que fiz subir ao palco e cantar junto. Pra gente, vira farra", diz.
Para a falta de memória, o socorro vem do produtor, músico e marido Roberto de Carvalho, que centraliza o palco com Rita e o filho guitarrista Beto Lee. "Canto até onde lembrar, mas Roberto sabe todas as músicas de cor."
Roberto, por sua vez, fala do estranhamento que a banda vem notando em platéias como a do ATL Hall, no Rio de Janeiro.
"O primeiro bloco é de seis músicas novas bem "pauleiras". No Rio, alguém reclamou que o som estava alto demais. Em locais em que os ingressos são caros demais, a garotada acaba não aderindo à causa, o público participa menos, assiste mais. Em Porto Alegre e Araraquara foi diferente, com muita garotada", conta, traduzindo indiretamente outro impasse vivido pelo show business nacional, o das platéias elitizadas em casas de espetáculos gigantes em São Paulo e Rio.
Rita explica a opção pelos lados B: "Quis pegar o que não cantava há tempos ou nunca tinha cantado. Nunca cantei "Panis et Circensis" (68, dos Mutantes tropicalistas). Meu filho mais novo ouviu e perguntou: "Vão cantar música da Marisa Monte?".
Estão prometidas, além dessa, "Lá Vou Eu" (75), "Fruto Proibido" (75), "Bem-Me-Quer" (80), "Noviças do Vício" (85) e "Eu Sou Terrível" (67, da fase roqueira de Roberto Carlos).
Do túnel do tempo, deve vir também "Miss Brasil 2000" (78), se a drag Nany People topar a performance de miss. "Vou cantar essa música pela última vez, não faz mais sentido. "Vou apresentar pela última vez/Ela que já foi pra todos vocês'", brinca.
(Pedro Alexandre Sanches)
Show: 3001
Artista: Rita Lee
Onde: Via Funchal (r. Funchal, 65, Vila Olímpia, tel. 0/xx/11/3846-2300)
Quando: sexta e sábado, às 22h
Quanto: R$ 40 a R$ 60
Assista à entrevista feita pela TV UOL:
28 k
56 k
Alta velocidade
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Rita Lee canta seus "lados B" e atende pedidos do público
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A turnê "3001", de Rita Lee, chega nesta sexta (20) a São Paulo, trazendo a cantora, compositora e roqueira paulistana de volta a um ritual de que o show business brasileiro parece andar esquecido: o do bis.
Entre rocks, teremins (instrumento "marciano" que se popularizou nos anos 60 em mãos como as de Brian Wilson, dos Beach Boys) e alguma eletrônica, Rita resolveu derrubar a burocracia que tem dominado as sessões de bis e entregar, de fato, as escolhas do bloco final à platéia.
"Durante o show, o repertório é de novíssimas e de "lados B". Todo mundo fica prestando atenção nos vídeos caseiros propositalmente chulé que Gringo Cardia fez e não percebe que não cantamos "Ovelha Negra", "Mania de Você"... O bis, então, é a hora de compensar. Às vezes dura mais de meia hora", explica Rita.
Além do rosário de hits, a sessão rendeu surpresas por onde passou. "Pediram "Pirata Cigano" (82), que odeio e não sei mais cantar. Era uma bicha louquíssima, que fiz subir ao palco e cantar junto. Pra gente, vira farra", diz.
Para a falta de memória, o socorro vem do produtor, músico e marido Roberto de Carvalho, que centraliza o palco com Rita e o filho guitarrista Beto Lee. "Canto até onde lembrar, mas Roberto sabe todas as músicas de cor."
Roberto, por sua vez, fala do estranhamento que a banda vem notando em platéias como a do ATL Hall, no Rio de Janeiro.
"O primeiro bloco é de seis músicas novas bem "pauleiras". No Rio, alguém reclamou que o som estava alto demais. Em locais em que os ingressos são caros demais, a garotada acaba não aderindo à causa, o público participa menos, assiste mais. Em Porto Alegre e Araraquara foi diferente, com muita garotada", conta, traduzindo indiretamente outro impasse vivido pelo show business nacional, o das platéias elitizadas em casas de espetáculos gigantes em São Paulo e Rio.
Rita explica a opção pelos lados B: "Quis pegar o que não cantava há tempos ou nunca tinha cantado. Nunca cantei "Panis et Circensis" (68, dos Mutantes tropicalistas). Meu filho mais novo ouviu e perguntou: "Vão cantar música da Marisa Monte?".
Estão prometidas, além dessa, "Lá Vou Eu" (75), "Fruto Proibido" (75), "Bem-Me-Quer" (80), "Noviças do Vício" (85) e "Eu Sou Terrível" (67, da fase roqueira de Roberto Carlos).
Do túnel do tempo, deve vir também "Miss Brasil 2000" (78), se a drag Nany People topar a performance de miss. "Vou cantar essa música pela última vez, não faz mais sentido. "Vou apresentar pela última vez/Ela que já foi pra todos vocês'", brinca.
(Pedro Alexandre Sanches)
Show: 3001
Artista: Rita Lee
Onde: Via Funchal (r. Funchal, 65, Vila Olímpia, tel. 0/xx/11/3846-2300)
Quando: sexta e sábado, às 22h
Quanto: R$ 40 a R$ 60
Assista à entrevista feita pela TV UOL:
Para assistir, você precisa ter instalado em seu computador um programa específico. Use o Windows Media Player ou o o RealPlayer.
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