Publicidade
Publicidade
15/08/2005
-
09h25
ADRIANA FERREIRA
BRUNO YUTAKA SAITO
THIAGO NEY
da Folha de S.Paulo
O lugar, a Fábrica Lapa, era imponente, com pé-direito alto e um galpão enorme. Mas a acústica é inversamente proporcional ao tamanho do local, o que prejudicou várias das atrações do primeiro dia do Campari Rock, na última sexta-feira (12), em São Paulo.
Mais de 1.600 pessoas compareceram ao festival para assistir aos shows de bandas internacionais (como The Kills, Berg Sans Nipple, Apside e os DJs Optimo) e nacionais (Freakplasma, Cansei de Ser Sexy e Jumbo Elektro). Mesmo com os problemas, os shows, no geral, foram bons --a dupla The Kills fez a melhor (e mais cheia) apresentação da noite.
Ambiente que poderia ser bem utilizado para uma festa de eletrônica, a Fábrica Lapa não funcionou, pelo menos na sexta-feira, para shows de rock. O som, alto, chegava aos ouvidos embolado, muitas vezes dificultando a distinção entre guitarras e vocais.
O bom público do primeiro dia do evento era, em sua maioria, formado por gente jovem, entre 18 e 25 anos. Eram estudantes, fãs de rock indie. Gente que queria ver, principalmente, a dupla anglo-americana The Kills.
Para esse público, o principal problema do evento não foi nem o som, mas o valor da entrada. "Eu só vim porque ganhei o ingresso", afirmou a estudante de desenho industrial Fabricia Bouzon, 20. "Está legal, principalmente porque não gosto de festival muito cheio, mas achei caro."
O preço cobrado pelas casas de rock paulistanas --que varia de R$ 5 a R$ 20-- foi o parâmetro dos espectadores para o valor cobrado pelo Campari (R$ 60, no primeiro dia, e R$ 70, no segundo). "Estamos acostumados a pagar R$ 15 para entrar, e R$ 30 [valor do ingresso para estudante] fica apertado", disse ela.
Havia também os que não tinham o Campari "planejado no orçamento", mas discordavam de que o preço era alto, como os amigos Denise Polli, 27, funcionária pública, e Alan Monokini, 27, baixista da banda Monokini, que também ganharam a entrada.
"Não é caro: as bandas são interessantes, tem estacionamento, cerveja com preço decente [R$ 4], van para trazer até a entrada. Nesse ponto, achei muito legal", contou Denise. "O que acontece em festivais como o Tim Festival, em que vários carros foram assaltados na rua, é um escândalo", comparou. Se eles iam assistir ao MC5?: "Adoro, mas esse show não estava no meu orçamento", explicou Monokini. "Se rolar um ingresso, a gente vem."
A escolha das atrações, no entanto, foi aprovada. "Conheço 50% das bandas que vão tocar", disse Fabricia, que se surpreendeu com o show do trio Freakplasma. "Mesmo não gostando muito de música eletrônica, aqueles robôs me surpreenderam", lembrou a estudante, sobre uma das performances da apresentação do trio de electro-rock, em que três amigos da banda foram ao palco fantasiados de robôs.
Outra que elogiou a escalação foi a DJ Tatiana Ramos, 25. "O festival é bem legal porque dá espaço para as bandas nacionais." "O pessoal que vem conhece todas as bandas, curte mesmo. Mas poderia ter uma banda nacional mais conhecida", opinou o também DJ Valentim van der Meer, 31.
O preço, para Tatiana, não era problema. Ela iria também na noite de sábado. "Não acho caro pagar R$ 70 para ver MC5. O show do Placebo [em abril] custou isso, e o White Stripes [em junho] foi muito mais caro [R$ 120]. O show do Weezer, no Curitiba Rock Festival [em setembro], custará R$ 120", afirmou ela.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Campari Rock
The Kills afina noite jovem do Campari Rock
Publicidade
BRUNO YUTAKA SAITO
THIAGO NEY
da Folha de S.Paulo
O lugar, a Fábrica Lapa, era imponente, com pé-direito alto e um galpão enorme. Mas a acústica é inversamente proporcional ao tamanho do local, o que prejudicou várias das atrações do primeiro dia do Campari Rock, na última sexta-feira (12), em São Paulo.
Mais de 1.600 pessoas compareceram ao festival para assistir aos shows de bandas internacionais (como The Kills, Berg Sans Nipple, Apside e os DJs Optimo) e nacionais (Freakplasma, Cansei de Ser Sexy e Jumbo Elektro). Mesmo com os problemas, os shows, no geral, foram bons --a dupla The Kills fez a melhor (e mais cheia) apresentação da noite.
Ambiente que poderia ser bem utilizado para uma festa de eletrônica, a Fábrica Lapa não funcionou, pelo menos na sexta-feira, para shows de rock. O som, alto, chegava aos ouvidos embolado, muitas vezes dificultando a distinção entre guitarras e vocais.
O bom público do primeiro dia do evento era, em sua maioria, formado por gente jovem, entre 18 e 25 anos. Eram estudantes, fãs de rock indie. Gente que queria ver, principalmente, a dupla anglo-americana The Kills.
Para esse público, o principal problema do evento não foi nem o som, mas o valor da entrada. "Eu só vim porque ganhei o ingresso", afirmou a estudante de desenho industrial Fabricia Bouzon, 20. "Está legal, principalmente porque não gosto de festival muito cheio, mas achei caro."
O preço cobrado pelas casas de rock paulistanas --que varia de R$ 5 a R$ 20-- foi o parâmetro dos espectadores para o valor cobrado pelo Campari (R$ 60, no primeiro dia, e R$ 70, no segundo). "Estamos acostumados a pagar R$ 15 para entrar, e R$ 30 [valor do ingresso para estudante] fica apertado", disse ela.
Havia também os que não tinham o Campari "planejado no orçamento", mas discordavam de que o preço era alto, como os amigos Denise Polli, 27, funcionária pública, e Alan Monokini, 27, baixista da banda Monokini, que também ganharam a entrada.
"Não é caro: as bandas são interessantes, tem estacionamento, cerveja com preço decente [R$ 4], van para trazer até a entrada. Nesse ponto, achei muito legal", contou Denise. "O que acontece em festivais como o Tim Festival, em que vários carros foram assaltados na rua, é um escândalo", comparou. Se eles iam assistir ao MC5?: "Adoro, mas esse show não estava no meu orçamento", explicou Monokini. "Se rolar um ingresso, a gente vem."
A escolha das atrações, no entanto, foi aprovada. "Conheço 50% das bandas que vão tocar", disse Fabricia, que se surpreendeu com o show do trio Freakplasma. "Mesmo não gostando muito de música eletrônica, aqueles robôs me surpreenderam", lembrou a estudante, sobre uma das performances da apresentação do trio de electro-rock, em que três amigos da banda foram ao palco fantasiados de robôs.
Outra que elogiou a escalação foi a DJ Tatiana Ramos, 25. "O festival é bem legal porque dá espaço para as bandas nacionais." "O pessoal que vem conhece todas as bandas, curte mesmo. Mas poderia ter uma banda nacional mais conhecida", opinou o também DJ Valentim van der Meer, 31.
O preço, para Tatiana, não era problema. Ela iria também na noite de sábado. "Não acho caro pagar R$ 70 para ver MC5. O show do Placebo [em abril] custou isso, e o White Stripes [em junho] foi muito mais caro [R$ 120]. O show do Weezer, no Curitiba Rock Festival [em setembro], custará R$ 120", afirmou ela.
Especial
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alice Braga produzirá nova série brasileira original da Netflix
- Sem renovar contrato, Fox retira canais da operadora Sky
- Filósofo e crítico literário Tzvetan Todorov morre, aos 77, em Paris
- Quadrinhos
- 'A Richard's estava perdendo sua cara', diz Ricardo Ferreira, de volta à marca
+ Comentadas
- Além de Gaga, Rock in Rio confirma Ivete, Fergie e 5 Seconds of Summer
- Retrospectiva celebra os cem anos da mostra mais radical de Anita Malfatti
+ EnviadasÍndice