Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
19/08/2005 - 09h00

"Dois Filhos de Francisco" universaliza vida do caipira

Publicidade

KARINA KLINGER
da Folha Online

Depois de assistir ao longa-metragem "Dois Filhos de Francisco", que estréia nesta sexta-feira (19), fica difícil deixar o escurinho do cinema sem a vontade de conhecer o homem que dá título à obra. Um brasileiro, como todos os outros, que penou para sobreviver e criar os filhos, mas que tinha um sonho e não desistiu dele em momento algum.

Divulgação
Cena de "Dois Filhos de Francisco"
Os atores Dablio Moreira (à esq.) e Marcos Henrique
Seu Francisco, pai de Zezé Di Camargo e Luciano, hoje com 70 anos, é a alma desta história de sucesso e um dos bons motivos que podem levar as pessoas a sair de casa para ver o filme, mesmo aquelas que não gostam da dupla sertaneja ou têm aversão a esse gênero musical. Interpretado pelo ator Ângelo Antônio, Francisco é o caboclo inocente que ainda se esconde pelo país afora.

Nada de histerismo de fãs ou programas de TV. O filme é bom porque conta o começo da vida dos irmãos goianos, que, apesar de hoje faturarem alto, já sofreram com a pobreza como a maioria dos brasileiros.

Com uma narrativa ágil e um texto conciso --livre de complicações-- o filme é bom porque não é piegas. Apesar das tragédias, como a dificuldade que a família passa quando tem de deixar o campo, a morte do irmão Emival --o primeiro a fazer dupla com Zezé-- e o começo insólito de Luciano e o irmão em São Paulo, o longa não tem conotação melodramática.

Talvez o telespectador sofra um pouco no começo quando os filhos de Francisco, ainda pequenos, se arriscam a cantar e a tocar. Mas, claro, eles melhoram durante o decorrer da história. Além disso, ouvir Maria Bethânia cantando "É o Amor" vale o tormento inicial. A trilha sonora também não é tão ruim e é salva pelas modinhas caipiras do começo da trama.

Não é à toa que a Columbia Pictures já coloca o filme no mercado com 250 cópias, um número considerado elevado para uma produção nacional, só "Carandiru" recebeu esse tipo de tratamento. O filme definitivamente não foi feito apenas para os amantes da dupla. O diretor Breno Silveira, responsável pelo DVD "Mar Sem Fim", de Amyr Klink, por alguns clipes ("Seguindo Estrelas" - Os Paralamas do Sucesso) e pelas fotografia de "Eu, Tu, Eles" e "Carlota Joaquina", conseguiu universalizar a história dos sertanejos.

Zezé e Luciano, os originais, quase nem aparecem no filme. Somente o final parece um pouco forçado, já que a história acaba abruptamente. Mas como a obra não demonstra pretensões de ser um documentário, o filme pode virar um grande sucesso de bilheteria.

No elenco estão José Dumont, Lima Duarte, Paloma Duarte, Dira Paes, Márcio Kieling (que lembra Zezé pelo menos pela aparência), Jackson Antunes, Natália Lage, entre outros. Os estreantes Dablio Moreira, Marcos Henrique e Wigor Lima, que interpretam Zezé, Emival e Luciano, respectivamente, estão muito bem em cena.

Leia mais
  • Filme de Zezé Di Camargo e Luciano ultrapassa R$ 9 milhões

    Especial
  • Veja galeria de fotos do filme "Dois Filhos de Francisco"
  • Leia o que já foi publicado sobre "Dois Filhos de Francisco"
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página