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23/08/2005 - 10h45

Premiado, Lázaro Ramos prepara quatro estréias no cinema

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MARY PERSIA
da Folha Online

Lázaro Ramos está em alta. Na verdade, sempre esteve, desde que assumiu a arte dramática e apareceu para todo o Brasil. Premiado no 33º Festival de Gramado como melhor ator por "Cafundó", ele figura em quatro produções que devem estrear no Brasil dentro de um ano.

Divulgação
Em "Cafundó", Lázaro viveu o preto velho João de Camargo
Em "Cafundó", Lázaro viveu o preto velho João de Camargo
"Cidade Baixa", de Sérgio Machado, deve ser exibido em pré-estréia no festival do Rio, no início de setembro. "A Máquina", de João Falcão, chega aos cinemas ainda neste ano. Em 2006, devem estrear "Cafundó", de Paulo Betti e Clóvis Bueno, e "Cobrador", de Paul Leduc.

"Gosto de trabalhar e de estar bem acompanhado", diz Lázaro, que pouco tempo atrás estava nos cinemas com "Quanto Vale ou É por Quilo", de Sergio Bianchi, e pode ser visto aos domingos na série "Os Cinco Sentidos", do "Fantástico".

O Kikito recebido no último fim de semana, porém, não foi o primeiro reconhecimento à sua arte. Aos 26 anos, ele já tem alguns prêmios de melhor ator. Além de "Cafundó", lhe deram o título os filmes "Madame Satã" (prêmios BR, APCA e mostra internacional de São Paulo, entre outros) e "O Homem que Copiava" (festival de Havana).

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"Madame Satã" também lhe rendeu prêmios
"Madame Satã" também lhe rendeu prêmios
Quando soube do prêmio de Gramado, Lázaro estava em Sorocaba (110 km da capital paulista), terra do preto velho João de Camargo, seu personagem em "Cafundó, fundador de uma misteriosa e sincrética igreja. "É uma história importante de ser ouvida", afirma o ator. "É mais uma daquelas histórias não-oficiais que às vezes acabam perdidas."

O projeto do filme foi tocado por Betti ao longo de vários anos. Há cinco, Lázaro foi chamado. "Não achei que fosse sair. Ele [Betti] estava batalhando há muito tempo, mas nem sempre os projetos vingam", confessa.

Do personagem, o o ator afirma que não tem muita coisa, mas diz que aprendeu a respeitar seu desejo de unir as religiões, aceitando todas elas. "O sincretismo não é exatamente algo que admiro. Foi uma arma que nós negros usamos no passado para cultuar nossos verdadeiros deuses. Mas o lado positivo foi o desejo dele de aceitar tudo, do valor da diversidade, do aceitar a fé do outro. Isso eu tenho", diz ele, que se declara "baiano" quanto à própria religião. É do candomblé? "Também. Não sou um freqüentador constante, mas admiro muito."

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Quatro filmes com o ator devem estrear em breve
Quatro filmes com o ator devem estrear em breve
O filme deve ir para os cinemas em 2006 --a distribuição está em fase de negociação. "Tem de ser no corpo-a-corpo, de cidade em cidade. Não quero algo grande", afirma Betti. Antes, porém, o filme --que levou ainda os Kikitos por melhor fotografia (José Roberto Eliezer), direção de arte (Vera Hamburger), e o prêmio especial do júri-- deve passar por alguns festivais. Betti quer levá-lo para Vancouver (Canadá), Amsterdã (Holanda), Liverpool (Inglaterra) e Goiânia, além da exibição no festival do Rio.

Em breve, nos cinemas

"Cidade Baixa", já exibido em Cannes, deve integrar a programação dos festivais do Rio e de São Paulo e tem estréia prevista para novembro. É a história de um triângulo amoroso formado por Lázaro, Wagner Moura e Alice Braga.

O ator afirma que sua grande amizade com Moura e a preparação realizada por Fátima Toledo deram ao filme "honestidade" em suas emoções. "Somos melhores amigos na vida real e levamos isso para o cinema, o que dá um sabor especial ao filme. Fátima conseguiu tirar sinceridade da gente", relata. "Às vezes, parece que sou eu, Lázaro, dizendo que sou o melhor amigo de Wagner e vice-versa."

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O ator pode ser visto aos domingos no "Fantástico"
O ator pode ser visto aos domingos no "Fantástico"
"A Máquina", que reúne a trupe formada no teatro, também deve chegar aos cinemas neste ano. A produção é baseada na peça do diretor João Falcão sobre romance de Adriana Falcão. Conta a história de amor de Antônio (vivido por Gustavo e João Falcão e, mais tarde, por Paulo Autran) e Karina (Mariana Ximenes), em meio a personagens não exatamente normais. "Faço um louco, Wagner Moura, um apresentador de televisão, Vladimir Brichta, um vendedor, Felipe Koury faz um homem que 'descome' relógio e Karina Falcão faz uma jornalista inglesa."

Já "Cobrador", assim como "Cafundó", deve estrear em 2006, levando para as telas o conto homônimo de Rubem Fonseca. "É sobre um homem que resolve cobrar seu direito, todos eles. Do direito ao amor ao direto a uma boa comida, tudo", diz o ator. O filme foi rodado no início do ano, durante quatro meses em Nova York e cidades do México, Argentina e Minas Gerais.

Apesar de ser acostumado a bastante trabalho, emendando uma coisa na outra, Lázaro afirma que não tem nenhum projeto em vista. Por enquanto. "Tô quietinho mesmo", jura.

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