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30/08/2005 - 20h39

Princesa Diana continua sendo um bom negócio na Inglaterra

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da France Presse, em Londres

Oito anos depois da morte da princesa Diana de Gales, em um acidente de carro em Paris, em 31 de agosto de 1997, "a indústria do luto", criada em torno da "princesa do povo" continua de vento em popa e seus admiradores não se cansam de comprar livros, pratos, toalhas, fotos, postais e discos com sua imagem.

Em abril passado, em razão do casamento do príncipe Charles com sua eterna amante, Camilla Parker-Bowles, os vendedores das lojas de Windsor, cidade próxima a Londres onde se celebrou a boda, não escondiam que era Diana quem continuava despertando interesse, enquanto os objetos e lembranças em homenagem a Camilla quase não foram vendidos.

Embora não haja números oficiais que permitam calcular os valores da indústria gerada por Diana, sabe-se, por exemplo, que a canção "Candle in The Wind", escrita por Elton John para os funerais da princesa, em setembro de 1997, vendeu 31,8 milhões de discos, tornando-se o tema mais vendido da história.

A princesa chegou a ser personificada como uma super-heroína com poderes de mutante em "X-Statix", desenho animado norte-americano, confirmando mais uma vez seu extraordinário impacto comercial.

A "indústria do luto", como o fenômeno foi chamado por um editorialista do jornal "Daily Mirror", também mobiliza rios de dinheiro no mundo das editoras e dos jornais.

Desde a morte da princesa foram publicados centenas de livros, inclusive biografias.

Os tablóides e revistas, por sua vez, disputam os capítulos mais "suculentos" destas obras, com a certeza de que representarão um incremento em suas vendas.

Em novembro de 2002, o jornal "Daily Mirror" pagou 300.000 libras a Paul Burrell, ex-mordomo de Diana, por seu depoimento exclusivo.

Onze meses depois, em outubro de 2003, em uma muito bem coordenada campanha de uma semana, este jornal publicou extensos trechos do livro de Burrell sobre Diana.

O montante do cheque assinado pelo jornal ao ex-mordomo não foi revelado, mas o efeito sobre as vendas desta publicação foi notável: em um período de sete dias, o jornal vendeu um milhão de exemplares suplementares.

Em junho passado, foi Simone Simmons, "uma amiga e confidente de Diana", quem publicou trechos de seu livro no jornal "The Sun", o mais vendido da Grã-Bretanha.

A ex-terapeuta da princesa afirmou que Diana viveu, em 1995, uma noite de amor com John F. Kennedy Jr., filho do presidente americano John F. Kennedy (1960-1963), morto em um acidente de avião em frente à costa de Martha's Vineyard (leste dos EUA), em 1999.

Além de representarem lucros importantes, o fato de as "revelações" sobre a princesa poderem ser publicadas sem maiores riscos de processos judiciais, com quase total impunidade, fazem com que as histórias sobre ela continuem rendendo.

"É impossível tentar um processo por difamação em nome de um membro falecido da família", explicou Duncan Lamont, jurista londrino especializado em imprensa.

O desejo de explorar o nome e a imagem de Diana não parece ter limites. O Fundo em memória de Diana, criado para perpetuar sua obra humanitária, por exemplo, fracassou na tentativa de garantir a exclusividade do uso de 26 fotos da princesa, depois que o Departamento de Patentes Britânico decretou que o rosto da princesa "pertencia ao mundo".

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