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31/08/2005 - 14h31

Autor turco pode ser preso por comentário sobre genocídio armênio

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da Folha Online

O escritor turco Orhan Pamuk pode pegar três anos de prisão por defender que os armênios de fato sofreram genocídio promovido por turcos otomanos cerca de 90 anos atrás, durante a Primeira Guerra (1914-1918) --acontecimento histórico negado pela Turquia.

A informação foi passada à agência de notícias Reuters pelo editor de Pamuk, Tugrul Pasaoglu. Promotores turcos também investigam comentários do escritor sobre a suposta morte de 30 mil curdos na Turquia durante embates entre separatistas e forças de segurança.

"Há um processo contra Orhan Pamuk que pode resultar em uma sentença de três anos de prisão", divulgou o editor em comunicado enviado à Reuters.

Pamuk fez comentários sobre os armênios e os curdos durante uma entrevista publicada em 6 de fevereiro deste ano no "Das Magazin", suplemento semanal do jornal suíço "Tages Anzeiger". "Trinta mil curdos e um milhão de armênios foram mortos nessas terras e ninguém além de mim ousa falar sobre isso", diz ele na entrevista.

Sua atitude provocou uma forte reação entre os nacionalistas e políticos turcos. Pamuk chegou a receber ameaças de morte anônimas. Segundo o editor, o promotor público no distrito de Sisli, em Estambul, afirma que o escritor violou o código penal da Turquia, revisto recentemente, que determina ser crime denegrir a "identidade turca".

A primeira audiência deve acontecer em 16 de dezembro. O promotor responsável pelo caso não quis dar declarações à agência Reuters.

Com agências internacionais

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