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08/09/2005 - 10h17

Filmes sobre transexual e jovem judeu surpreendem em Deauville

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da France Presse

Um transexual e um jovem judeu em busca de seu passado são os personagens atípicos e cheios de humor negro que o festival de Deauville descobriu nesta quarta-feira, nos primeiros filmes de dois jovens cineastas americanos.

"Transamerica" e "Everytring is Illuminated" são "road-movies", um gênero bastante presente neste 31ª edição do festival de cinema americano de Deauville, no oeste da França, ao qual se aproximam em parte "Elizabethtown" e "The Ice Harvest", vistos antes, com um toque a mais de originalidade de situações e personagens.

"Transamerica", filme em competição de Duncan Tucker, conta a história de um transexual que descobre na véspera da operação genital que tem um filho de 17 anos em Nova York.

Ele segue em uma viagem cheia de humor pela América remota. O transexual, interpretado por uma mulher, Felicity Huffman, descobre a paternidade com Toby (Kevin Zegers), um adolescente sem rumo e prostituído, sem nenhum preparo para o reencontro com um pai dessa natureza.

"Eu quis fazer um filme sobre as pessoas que se sentem marginalizadas e para todos os que se sentem diferentes, e isso pode ser aqui ou em qualquer parte do mundo", explicou Duncan Tucker, cujo filme foi inteiramente financiado por empréstimos de seus amigos e de sua família. "Um verdadeiro filme independente", disse.

"Eu pesquisei muito e aprendi com os transexuais. Respeito qualquer escolha desse gênero. É um ato de maturidade e coragem", disse Tucker em entrevista à imprensa.

"Sou fã do cinema francês e sobretudo de Jean Renoir e de seu filme 'A Regra do Jogo'. Ele tem sempre um lado político nos seus filmes, mesmo se não são filmes sobre política", declarou.

Ucrânia

"Everything is Illuminated", de Liev Schreiber, um ator conhecido de 37 anos pela primeira vez atrás das câmeras, conta a história de um jovem judeu nova-iorquino, um colecionador praticamente maníaco.

Jonathan decide ir para a Ucrânia à procura de um shtetel, uma de suas comunidades judaicas rurais de onde vinha seu avô e onde ele ainda poderia encontrar a mulher que salvou sua vida durante a invasão nazista.

O filme é uma adaptação do romance homônimo do americano Jonathan Safran Foer. A trilha sonora no estilo gipsy-rock-punk é de autoria do grupo "Gogol Bordello", de Eugène Hutz, um cantor e compositor de origem cigana nascido em Kiev e radicado há dez anos nos Estados Unidos.

Especial
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