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12/09/2005 - 10h58

Identificada paisagem que inspirou "O Grito", de Edvard Munch

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da EFE

Uma historiadora de arte identificou a paisagem que inspirou o pintor expressionista norueguês Edvard Munch (1863-1944) a fazer seu quadro mais famoso, a obra intitulada "O Grito".

Segundo Sue Pridaux, trata-se de Kristiania, a Oslo atual, vista de Ekeberg, em cujo asilo psiquiátrico a irmã mais nova de Munch, Laura, foi internada devido à esquizofrenia.

O lugar também fica perto do matadouro da cidade, explica a especialista, citada nesta segunda-feira pelo jornal "The Times".

Divulgação
"O Grito", de Munch
"O Grito", de Munch
Pridaux acha que os gritos dos animais no matadouro combinados com os dos loucos do asilo intensificaram a ansiedade do artista sobre seu próprio estado de saúde. Munch, que perdeu a mãe e a irmã mais velha na infância, sofreu com freqüentes depressões e crises de alcoolismo.

O famoso quadro mostra uma linha diagonal, que, segundo se achava, representava uma ponte, mas Pridaux a identificou como sendo um muro de segurança que ainda existe na região.

Much utilizou esse mesmo fundo em suas obras "Desespero" e "Ansiedade".

A especialista, que publicará em breve na Yale University Press um livro intitulado "Edvard Munch: Behind the Scream", lembra como o próprio pintor descreveu a experiência visionária que inspirou o quadro.

"Estava na estrada com dois amigos e o sol se pôs. De repente, o céu ficou vermelho-sangue, e senti o frescor da tristeza... As nuvens sobre o fiorde gotejavam sangue", escreveu Munch. "Meus amigos", lembra o artista, "seguiram seu caminho, mas eu fiquei tremendo, com uma ferida aberta no peito... Ouvi como um grito extraordinário atravessava a natureza".

A especialista tem uma relação especial com o artista: é a sobrinha neta de Thomas Olsen, filantropo morto em 1969 e que foi amigo e vizinho de Edvard Munch na cidade costeira de Hvitsen. Olsen salvou trinta quadros do artista norueguês durante a Segunda Guerra, algo que os nazistas tinham declarado como arte degenerada.

Existem quatro versões de "O Grito", uma das quais foi roubada da Galeria Nacional de Oslo em 1994, mas já foi recuperada. Outra, subtraída no ano passado do Museu Munch, da capital norueguesa, continua desaparecida.

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