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15/09/2005 - 09h40

Moby toca hits pessoais com banda completa

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ADRIANA FERREIRA
da Folha de S.Paulo

Eis que finalmente Moby chega ao Brasil, e é inevitável a sensação de que esta turnê deveria ter acontecido há pelo menos seis anos, mas deixa para lá.

O músico norte-americano começa os shows brasileiros de seu novo disco, "Hotel", amanhã, em São Paulo, ofuscado por uma leva de festivais que acontecem nas próximas semanas, como Nokia Trends, Curitiba Rock Festival e Tim Festival, e restrito a poucos, já que o preço dos ingressos varia de R$ 100 a R$ 300 (valor que garante a entrada de três dias no Tim Festival, por exemplo).

Divulgação
O músico americano Moby, que faz quatro show no Brasil
O músico americano Moby, que faz quatro show no Brasil
Mas esta é a primeira vez que Moby vem ao país com seu show completo --em 1993, ele discotecou em raves em São Paulo, Curitiba e Porto Alegre e, no ano passado, em uma festa fechada no Rio de Janeiro--, e esse é um bom motivo para fazer esse investimento. Mesmo sendo "Hotel" seu álbum menos empolgante e, segundo ele, o mais pessoal.

"A maioria das músicas foram escritas e cantadas por mim e são sobre emoções com as quais estava lidando enquanto fazia o disco", contou Moby em entrevista à Folha por e-mail.

Além de uma lista de exigências, que inclui de comida vegetariana a sofás e cadeiras de material sintético, ele traz uma equipe de mais de 20 pessoas, seis delas que estarão no palco. "Toco guitarra, teclados, percussão e canto", explica. "O show tem músicas dos discos 'Play', '18' e, claro, de 'Hotel'."

O repertório, segundo ele, não está completamente definido. "Mas, definitivamente, vamos tocar 'Porcelain', 'We Are All Made of Stars' e 'Lift me Up'", afirma.

Quem já fez muitas dancinhas, embalado por sua fase mais eletrônica, pode comemorar. "Nós também tocamos algumas velhas faixas de rave, além de covers", garante Moby.

Todos os shows terão atrações de abertura. Em São Paulo, tocam o DJ Gil Barbara e o produtor Nego Moçambique, no hotel Unique, e os DJs Zé Gonzales e Nuts, no Espaço das Américas. No Rio, a noite começa com os DJs Marcelinho da Lua e Patife e, em Belo Horizonte, com Robinho.

Anti-Bush

Moby alcançou o mainstream em 1999, com seu sexto álbum, "Play", gravado num estúdio em sua casa e que vendeu 10 milhões de cópias. O disco é seu último trabalho realmente admirável, com faixas que passam por ambient, rock, tecno, blues, gospel.

Desde então, o músico rende notícias de monte, seja por seus dois últimos megalançamentos, "18" e "Hotel", ou por sua firme posição em relação à política do governo Bush. Em sua apresentação na Venezuela, neste mês, Moby se desculpou pelos Estados Unidos e afirmou novamente ter vergonha de ser norte-americano.

Questionado pela Folha se já pensou em viver em outro país, escreveu: "Muitas vezes. Possivelmente na Nova Zelândia".

Aos 40 anos, completados no dia 11 de setembro, mesma data dos atentados ao World Trade Center, em Nova York, Moby mantém um blog (www.moby.com/journal), no qual escreve diariamente os registros de sua turnê, além de dezenas de críticas ao governo de seu país. As últimas anotações são do dia de seu aniversário. "Estou sentado no aeroporto de Bogotá [Colômbia], esperando pelo vôo para Santiago [Chile]. E é 11 de setembro, meu aniversário, mas também aniversário do pior ataque terrorista da história dos Estados Unidos (...). Sem o 11 de Setembro, George Bush não teria invadido o Afeganistão e o Iraque. Sem o 11 de Setembro, milhares de inocentes que morreram naquele dia poderiam estar tomando o café da manhã com suas famílias..."

Além da atividade política, dos shows, das gravações e das hoje raras discotecagens, Moby tem um restaurante natural, o Teany, em Nova York, no qual se diz bastante envolvido no momento. "Eu o montei com minha ex-namorada, o que é muito interessante. Tentar manter um restaurante com uma ex-namorada não é fácil, embora as coisas agora estejam muito melhores!"

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