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15/09/2005 - 19h00

"Obaba" abre 53º Festival de Cinema de San Sebastián

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da EFE, em San Sebastián (Espanha)

O filme espanhol "Obaba", uma adaptação de Montxo Armendáriz para o cinema do romance de Bernardo Atxaga "Obabakoak", inaugurou hoje a mostra oficial do 53º Festival Internacional de Cinema de San Sebastián.

Ruy Guerra, um dos mais versáteis diretores do cinema brasileiro, também apresentará no festival "O Veneno da Madrugada", obra baseada no romance "A Má Hora", de Gabriel García Márquez.

Armendáriz está há dez anos pensando em como abordar a história em linguagem cinematográfica, mas há apenas um ano achou o fio condutor que entremeasse os relatos que
escolheu entre as 28 histórias que formam o livro de Atxaga.

O romance "Obabakoak" (Os de Obaba, em língua basca) proporcionou em 1989 a seu autor, natural do País Basco, no norte da Espanha, o Prêmio Nacional de Literatura. O elenco de "Obaba" conta com Pilar López de Ayala, Juan Diego Botto, Bárbara Lennnie, Eduard Fernández e Mercedes Sampietro.

A trama retrata três gerações que vivem em Obaba, um lugar afastado e misterioso, e, para descrever as pessoas, Armendáriz optou pelos cortes no tempo ao longo de todo o filme.

O fio condutor dos relatos, idealizado por Armendáriz, autor do roteiro, é o de uma jovem estudante de cinema que viaja até Obaba, com a câmera na mão, para tentar captar a realidade deste lugar peculiar e desconhecido.

A jovem aluna que está sempre com a câmera oferece ao cineasta --como ele mesmo explicou em entrevista coletiva depois da primeira projeção do filme-- "a possibilidade de refletir sobre a criação
cinematográfica, do mesmo modo que Atxaga reflete sobre a criação literária em seu romance".

Tanto Armendáriz como Atxaga concordaram em afirmar que nem o romance "Obabakoak" nem o filme "Obaba" têm elementos "mágicos". As duas obras falam de lembranças, de uma realidade vivida que alguém muda e fantasia. O que há é fantasia e imaginação. A palavra magia tem outro significado", disse o cineasta aos jornalistas.

Atxaga também disse que "sempre me falam desse mundo mágico do meu livro, e eu não o vejo. Até chegaram a se referir a 'Obabakoak' como uma obra enraizada com o 'realismo fantástico', o que me horroriza porque não é verdade".

O escritor disse que achou em Armendáriz um homem "com uma forma de sentir e ver a vida de uma maneira muito em consonância com a minha. Quando vi o filme, me senti totalmente próximo, com uma proximidade absoluta. E as pessoas que viram e que conhecem o livro me disseram que no filme parecem seguir em Obaba".

A 53ª edição do festival, que acontecerá até o próximo dia 24, conta com vários filmes latino-americanos, entre eles os dos cineastas argentinos Fabián Bielinsky ("El aura") e Tristán Bauer ("Iluminados por el fuego"), todos na mostra oficial.

Entre os filmes da mostra oficial, dos 19 que competirão pela Concha de Ouro --máximo prêmio do festival - estão os espanhóis "SudExpress", co-dirigido por Chema de la Peña e Gabriel Velázquez;
"Malas temporadas", de Manuel Martín Cuenca; e "Siete Vírgenes", de Alberto Rodríguez.

Especial
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