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20/09/2005
-
17h55
da France Presse, em Bogotá
Duas empresas de comércio de obras de arte processaram o pintor colombiano Fernando Botero em US$ 200 milhões perante uma corte americana, acusando-o de falso testemunho e danos econômicos e morais por ter qualificado como pirata uma reprodução de sua obra, informaram nesta terça-feira meios de comunicação colombianos.
As empresas Publix, da Colômbia, e Art Brokers, dos Estados Unidos, alegam que em 1999 adquiriram de um museu colombiano os direitos para reproduzir as obras de Botero. Por isto, consideraram que a desqualificação do pintor lhes causou danos econômicos e morais.
Botero, 73, cedeu em 1999 parte de sua obra ao Museu de Antioquia, na cidade de Medellín (noroeste), de onde é originário, inclusive a possibilidade de comercializar produtos relacionados com sua obra.
A ex-diretora da entidade, Pilar Velilla, disse à rádio La W que a autorização incluía a possibilidade de reproduzir algumas de suas famosas figuras rechonchudas, e "que o museu utilizou a venda destes objetos para fortalecer as finanças".
O museu cedeu os direitos à empresa colombiana Publix, que por sua vez os negociou com a americana Art Brokers, que começou a comercializar reproduções de pinturas de Botero nos Estados Unidos.
No entanto, Velilla garantiu que o contrato com a Publix não podia ser cedido e só era aplicável na Colômbia, razão pela qual Botero teria razão ao se queixar da reprodução nos Estados Unidos.
Mas a empresa americana alega que adquiriu os direitos de boa fé e que as declarações de Botero, acusando-a de pirataria, causou um dano.
O advogado americano Michael Tessitore, que assessora o processo apresentado pela Art Brokers, disse que a companhia está disposta a fazer um acordo extrajudicial. "Sempre existe a possibilidade de um acordo fora da corte", disse Tessitore ao jornal "El Tiempo".
Botero, que vive em Pietra Santa (Itália), doou nos anos 90 parte de sua obra e de sua coleção privada para que fosse exposta em museus de Bogotá e Medellín.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Fernando Botero
Pintor Fernando Botero é processado nos EUA em US$ 200 milhões
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Duas empresas de comércio de obras de arte processaram o pintor colombiano Fernando Botero em US$ 200 milhões perante uma corte americana, acusando-o de falso testemunho e danos econômicos e morais por ter qualificado como pirata uma reprodução de sua obra, informaram nesta terça-feira meios de comunicação colombianos.
As empresas Publix, da Colômbia, e Art Brokers, dos Estados Unidos, alegam que em 1999 adquiriram de um museu colombiano os direitos para reproduzir as obras de Botero. Por isto, consideraram que a desqualificação do pintor lhes causou danos econômicos e morais.
Botero, 73, cedeu em 1999 parte de sua obra ao Museu de Antioquia, na cidade de Medellín (noroeste), de onde é originário, inclusive a possibilidade de comercializar produtos relacionados com sua obra.
A ex-diretora da entidade, Pilar Velilla, disse à rádio La W que a autorização incluía a possibilidade de reproduzir algumas de suas famosas figuras rechonchudas, e "que o museu utilizou a venda destes objetos para fortalecer as finanças".
O museu cedeu os direitos à empresa colombiana Publix, que por sua vez os negociou com a americana Art Brokers, que começou a comercializar reproduções de pinturas de Botero nos Estados Unidos.
No entanto, Velilla garantiu que o contrato com a Publix não podia ser cedido e só era aplicável na Colômbia, razão pela qual Botero teria razão ao se queixar da reprodução nos Estados Unidos.
Mas a empresa americana alega que adquiriu os direitos de boa fé e que as declarações de Botero, acusando-a de pirataria, causou um dano.
O advogado americano Michael Tessitore, que assessora o processo apresentado pela Art Brokers, disse que a companhia está disposta a fazer um acordo extrajudicial. "Sempre existe a possibilidade de um acordo fora da corte", disse Tessitore ao jornal "El Tiempo".
Botero, que vive em Pietra Santa (Itália), doou nos anos 90 parte de sua obra e de sua coleção privada para que fosse exposta em museus de Bogotá e Medellín.
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