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21/09/2005 - 11h19

Rita Lee dispara contra Zezé Di Camargo e Glória Perez

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LAURA MATTOS
da Folha de S.Paulo

Ex-apresentadora do "Saia Justa", Rita Lee não abandona as polêmicas. Em entrevista à Folha sobre seu novo programa, que estréia no domingo (25), às 21h, no GNT, ela criticou Zezé Di Camargo, por defender os rodeios, e Glória Perez, que os incluiu em "América".

Disse que a novela que acompanha é a do "mensalão". "Dirceu é o vilão. No fim, ele se casa com a mulher do Buani [dono do restaurante da Câmara que afirma ter pago 'mensalinho' a Severino Cavalcanti] e foge para Cuba."

Na TV, Rita comandará "Madame Lee" com Roberto de Carvalho. Fã de "remedinhos", ela será uma espécie de "teleterapeuta" dos convidados. Leia abaixo.

Folha - Por que só responde entrevistas por e-mail? Agora que será uma "teleterapeuta", não acha que a internet "esfria" a conversa?

Rita Lee - Querida, acho um saco quando seus colegas me perguntam porque dou entrevistas por e-mail... Essa coisa cara a cara é uma intimidade que eu não dou mais. Já dei bastante, e hoje não posso dispensar as modernidades que facilitam nossas vidas.

Folha - Você já fez psicanálise?

Rita Lee - Estou me tratando com uma psiquiatra ótima. Acho a homeopatia bacana, mas no meu caso só com muita química, até porque adoro um remedinho.

Folha - O que "Madame Lee" terá de técnicas de psicoterapia?

Rita Lee - "Madame" tem bom coração mas não entende muito de nada. Ela e seu melhor amigo, Roberto, estarão lá para ouvir o que o cliente tem a dizer do fundo da alma. Não vai rolar jabá, o convidado não será obrigado a nada. Sabemos o mico que é lançar um trabalho e ser obrigado a fazer peregrinação em rádios e TVs.

Folha - Será mais fácil apresentar um programa com o marido do que com a mulherada do "Saia Justa"?

Rita Lee - Nunca foi difícil conviver com as minas do "Saia Justa". Com Roberto, a coisa é mais telepática, a palhaçada é diferente.

Folha - Você superou os problemas com estresse do ano passado?

Rita Lee - Querida, acho que tenho estresse desde que nasci. No meu tempo, se chamava estafa, até fiz uma música com Paulo Coelho, "Superestafa". Lido com problemas físicos, mentais e espirituais com ajuda do meu anjo da guarda, que é bastante competente.

Folha - Toparia fazer um debate para a Folha com o Zezé Di Camargo, que defende rodeios? Ele topa.

Rita Lee - Não vou fazer da defesa dos animais nenhuma plataforma para promover minha figura como artista. Se Zezé defende os rodeios, pior pra ele. Eu odeio rodeio! Tenho vasto material comprovando os maus-tratos que acontecem nos bastidores desses eventos. Se Zezé conhece os abusos e acha normal, sinto muito pela sua ignorância espiritual. Se desconhece, está na hora de conhecer.

É uma pena o glamour que Glória Perez está dando aos rodeios. Ela, que conhece o que é violência, atrapalhou bastante o trabalho de entidades de defesa dos animais. Cheguei a conversar com ela sobre a possibilidade de também mostrar o outro lado, afinal Glória sempre divulga em suas novelas algumas causas importantes, e rodeios são um lixo cultural americanizado. Abaixo John Wayne! Viva Jeca Tatu!

Folha - Assiste a "América"?

Rita Lee - Não, aquela estética faroeste de araque me incomoda, é a primeira de Glória que não gosto. Acho porém que "Bang Bang", de Mario Prata, vai ser divertida porque trata do mesmo assunto, mas de um jeito esculachado.

Folha - Chico Buarque diz que não fará o "samba do mensalão". Você vai compor o "rock do mensalão"?

Rita Lee - Essa novela acompanho desde o começo. Meus atores favoritos são Heloisa Helena, Roberto Jefferson e um senhor de cabelos pintados, que cita sempre passagens de livros, chamado Mão Santa. Às vezes gosto de Arthur Virgílio falando da tribuna e dos ACMs. Suplicy é sempre o conde da novela. Dirceu é o vilão, no fim ele se casa com a mulher do Buani e foge para Cuba.

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