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22/09/2005
-
10h35
VALMIR SANTOS
da Folha de S.Paulo
O analista de Lilia Cabral usa persianas. No espetáculo "Divã", elas estão lá, à frente das portinholas do cenário de J.C. Serroni, por onde entram e saem as histórias e personagens de Mercedes, a divertida e inteligente quarentona que roubou a cena na temporada carioca deste ano e chega para a primavera paulistana a partir de hoje, no teatro Faap.
Casada, filhos, um belo dia Mercedes decide fazer análise. Ao compartilhar seus relatos, enreda o analista/leitor/espectador para além de sua intimidade (paixões, ciúme, insegurança, a vida sexual) e projeta figuras do cotidiano.
Há o primeiro namorado, a amiga desquitada, as esposas-clichês dos amigos do marido, a namorada patricinha do filho, os homens do "single bar" e o marido machão da amiga.
Mercedes é cria da gaúcha Martha Medeiros, autora de "Divã", livro de 2002 (ed. Objetiva), no qual transita com reconhecida dificuldade da crônica, sua praia, para a ficção. "Talvez por isso tenha gerado tanta simpatia, converso como se fosse numa crônica", diz Medeiros, 44, que começou há 20 anos com poesias em "Strip-Tease" (ed. Brasiliense). Tem 14 títulos, a maioria coletâneas de crônicas publicadas nos jornais "Zero Hora" e 'O Globo".
"A Martha escreve de uma forma dramática que constrói muitas imagens, nos remete a cenas", diz Cabral, 47.
Quando leu "Divã" em 2003, a atriz já pensou em adaptá-lo. O fez a várias mãos, com Marta Góes, Marcelo Saback e o diretor Ernesto Piccolo. Inseriram situações e diálogos, sem prejuízo do conteúdo do livro, garante Medeiros, que assistiu ao espetáculo cinco vezes e avalia que humor e reflexão permanecem bem urdidos.
A montagem conquistou três indicações ao Prêmio Shell Rio de Janeiro no primeiro semestre: melhores atriz (Lilia Cabral), ator (Marcelo Valle) e diretor (Piccolo). A atriz Alexandra Richter completa o elenco, revezando com Valle os demais personagens "convocados" por Mercedes.
Depois do palco, "Divã" também deve chegar ao cinema. A previsão é para 2007, com maioria da equipe da montagem teatral.
Divã
Quando: hoje, às 21h (para convidados); sex. e sáb., às 21h; dom. às 18h
Onde: teatro Faap (r. Alagoas, 903, SP, tel. 0/xx/11 3662-7233)
Quanto: R$ 60 e R$ 70 (sáb. e dom.)
Especial
Leia o que já foi publicado sobre Lilia Cabral
Lilia Cabral sublima humor em "Divã"
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da Folha de S.Paulo
O analista de Lilia Cabral usa persianas. No espetáculo "Divã", elas estão lá, à frente das portinholas do cenário de J.C. Serroni, por onde entram e saem as histórias e personagens de Mercedes, a divertida e inteligente quarentona que roubou a cena na temporada carioca deste ano e chega para a primavera paulistana a partir de hoje, no teatro Faap.
Casada, filhos, um belo dia Mercedes decide fazer análise. Ao compartilhar seus relatos, enreda o analista/leitor/espectador para além de sua intimidade (paixões, ciúme, insegurança, a vida sexual) e projeta figuras do cotidiano.
Há o primeiro namorado, a amiga desquitada, as esposas-clichês dos amigos do marido, a namorada patricinha do filho, os homens do "single bar" e o marido machão da amiga.
Mercedes é cria da gaúcha Martha Medeiros, autora de "Divã", livro de 2002 (ed. Objetiva), no qual transita com reconhecida dificuldade da crônica, sua praia, para a ficção. "Talvez por isso tenha gerado tanta simpatia, converso como se fosse numa crônica", diz Medeiros, 44, que começou há 20 anos com poesias em "Strip-Tease" (ed. Brasiliense). Tem 14 títulos, a maioria coletâneas de crônicas publicadas nos jornais "Zero Hora" e 'O Globo".
"A Martha escreve de uma forma dramática que constrói muitas imagens, nos remete a cenas", diz Cabral, 47.
Quando leu "Divã" em 2003, a atriz já pensou em adaptá-lo. O fez a várias mãos, com Marta Góes, Marcelo Saback e o diretor Ernesto Piccolo. Inseriram situações e diálogos, sem prejuízo do conteúdo do livro, garante Medeiros, que assistiu ao espetáculo cinco vezes e avalia que humor e reflexão permanecem bem urdidos.
A montagem conquistou três indicações ao Prêmio Shell Rio de Janeiro no primeiro semestre: melhores atriz (Lilia Cabral), ator (Marcelo Valle) e diretor (Piccolo). A atriz Alexandra Richter completa o elenco, revezando com Valle os demais personagens "convocados" por Mercedes.
Depois do palco, "Divã" também deve chegar ao cinema. A previsão é para 2007, com maioria da equipe da montagem teatral.
Divã
Quando: hoje, às 21h (para convidados); sex. e sáb., às 21h; dom. às 18h
Onde: teatro Faap (r. Alagoas, 903, SP, tel. 0/xx/11 3662-7233)
Quanto: R$ 60 e R$ 70 (sáb. e dom.)
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