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30/09/2005 - 16h32

Começa 1º Festival de Cinema e Vídeo Científico do Mercosul

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da Efe

Vinte documentários sobre assuntos diversos, como o colesterol, a história do vinho, a biotecnologia ou as vidas de Darwin e Einstein, competirão a partir deste sábado no primeiro Festival de Cinema e Vídeo Científico do Mercosul. O "Cinecien", que acontecerá até domingo na Biblioteca Nacional de Buenos Aires, se apresenta como um primeiro panorama da produção cinematográfica na América do Sul que aborda assuntos científicos.

"Trata-se de uma convocação muito ampla, porque não se restringe às ciências duras, mas abrange também as ciências sociais", disse José Luis Castiñeira de Dios, diretor do festival e decano do Departamento de Artes Audiovisuais do Instituto Universitário Nacional de Artes, organizador do evento.

Castiñeira disse que este tipo de cinema tem a convergência da comunicação do conhecimento e da comunicação social, na medida em que a televisão, o vídeo e a internet "transmitem estes conhecimentos científicos". "Antes, havia salas de cinema limitadas ao âmbito acadêmico ou educativo. Mas esta barreira está se apagando na medida em que muito mais pessoas têm acesso a estes materiais através da televisão ou da internet", acrescentou.

O diretor do festival disse que neste campo há uma "dinâmica convergente" entre produtores de cinema que trabalham em comunicar conteúdos científicos e os próprios cientistas, "que buscam como chegar ao público em geral a partir dos meios de comunicação".

"Antes, para os cientistas, produzir um material audiovisual tinha apenas caráter documental. Por outro lado, hoje se sentem na obrigação de encontrar uma linguagem que os permita chegar a uma maior quantidade de pessoas", disse.

O festival terá a participação de documentários do Brasil, Argentina, Paraguai e Chile, que disputarão prêmios de melhor produção audiovisual, melhor pesquisa científica e melhor vídeo educativo.

O Brasil tem como representantes "Ritual da vida", de Edgar da Cunha, documentário que aborda o mundo ritual dos índios bororo do Mato Grosso; e "Einstein no Brasil", de Betse de Paula, que fala sobre a visita do cientista ao país.

Entre os concorrentes também estão o chileno Cristián Pacheco Salvo, com "Amigo salvaje", sobre diferentes ambientes e etnias culturais de seu país; e o paraguaio Hugo Gamarra, com "El portón de los sueños", mistura de filme de ficção e documentário no qual explora o universo mítico do escritor paraguaio Augusto Roa Bastos.

Da Argentina, estão, entre outros, "Base Marambio", de Deolinda Abateaga e Eduardo Aguirre, sobre a vida na Antártida; "Agroresiduos tóxicos", de Daniela Bellón, sobre os efeitos negativos dos agrotóxicos; e "Charles Darwin", de Cristián Jure.

Também estão na disputa "Historia del vino", documentário que mostra os antecedentes da vinicultura na Argentina; e "La era Omega", que mostra como dizer adeus à gordura e ao colesterol graças ao consumo do Ômega 3.

O júri do festival será presidido pelo documentarista argentino radicado nos EUA Jorge Prelorán, impulsor das "etnobiografias" --retratos de indivíduos de diferentes culturas--, a quem será prestada uma homenagem durante o evento.

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