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03/10/2005 - 20h04

Academia encerra inscrições de filmes estrangeiros para o Oscar

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da Efe, em Los Angeles

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos encerra hoje as inscrições de filmes estrangeiros pré-candidatos ao Oscar para a 78ª edição do prêmio.

Trata-se de um sonho cada vez mais próximo aos países de língua espanhola, que neste ano se mostram animados pela vitória do filme espanhol "Mar adentro", em 2004.

A Espanha tentará repetir sua conquista desta vez com "Obaba", o último filme de Montxo Armendáriz, diretor que concorreu ao Oscar em 1997 com "Segredos do coração".

Outros países de língua espanhola como México, Chile, Argentina, Porto Rico e Colômbia apresentaram suas candidaturas. No total, a Academia convidou 91 países para participar do evento, dois a mais que na última edição. Malásia e Cazaquistão são as novidades.

Após ficar de fora no ano passado, a Colômbia retorna nesta edição com "A sombra do caminhante", filme de Ciro Guerra.

No ano passado, a Colômbia quis competir na categoria de melhor filme estrangeiro com "Maria Cheia de Graça", fita desqualificada nesta categoria por ser considerada uma produção americana.

Porto Rico enviará a fita "Cayo", enquanto o Chile compete este ano com "Meu melhor inimigo", de Alex Bowen, um filme sobre o confronto limítrofe entre Chile e Argentina.

A Argentina defenderá sua candidatura com "A aura", de Fabian Bielinsky, um diretor já conhecido em Hollywood graças a seu êxito "Nove Rainhas".

Esse filme tragicômico conta com um dos rostos mais conhecidos pelos membros da Academia, Ricardo Darín, protagonista de "O filho da Noiva", filme com o qual a Argentina concorreu ao Oscar pela última vez, na 74ª edição.

É normal entre os aspirantes apelar aos gostos e preferências dos acadêmicos, repetindo a presença de atores ou diretores que já tiveram êxito anteriormente na premiação.

Desta forma, a Índia pôs suas esperanças em "Paheli", filme de "Bollywood", a indústria cinematográfica indiana, dirigido por Vinod Pandey, rival de "O filho da Noiva" em 2001 com "Lagaan".

O México participará com o longa-metragem "Ao outro lado", na estréia de Gustavo Loza, que narra três histórias entrelaçadas de crianças cujos pais cruzaram a fronteira em direção "ao outro lado".

O filme conta com o apoio do Unicef, que proporciona distribuição não-comercial do filme para chamar a atenção sobre os problemas gerados pelos movimentos migratórios.

Este tom social se repete em muitos dos filmes que aspiram a uma indicação nesta edição do Oscar, uma conscientização que contrasta com as histórias mais convencionais presentes em Hollywood.

A Itália compete com "Private", sobre uma família palestina que tem sua casa ocupada por soldados israelenses; a Suécia enviou o filme "Zozo", sobre um menino libanês que procura refúgio na Suécia, e o polonês Greg Zglinski tenta uma indicação com "One Long Winter Without Fire" sobre um casal que supera a perda de sua filha com a amizade de refugiados do Kosovo.

O Brasil enviou este ano "2 filhos de Francisco", a biografia da popular dupla sertaneja Zezé Di Camargo & Luciano, filhos de um pobre trabalhador rural que conseguiram vender mais de 22 milhões de cópias.

Outros aspirantes que já fazem barulho são o francês "Joyeux Noel", que conta a história de soldados dos dois lados durante uma trégua na Primeira Guerra Mundial, e o alemão "Sophie Scholl" que examina os últimos dias de uma jovem estudante dissidente do regime nazista.

O comitê encarregado da seleção dos cinco indicados nesta categoria começará a assisti-los em 28 de outubro.

Os filmes escolhidos serão anunciados em 31 de janeiro, e a entrega da estatueta será feita em 5 de março, na 78ª edição do Oscar.

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