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23/10/2000
-
21h43
ANA LÚCIA ARAÚJO
editora de interatividade da Folha Online
A boa idéia de dividir a tela do cinema em quatro, para em cada quadro contar uma história, um diretor com um currículo bacana, um bom elenco e muita divulgação na mídia. "Time Code" (EUA/Inglaterra - 1997), de Mike Figgis ("Despedida em Las Vegas"), carrega toda essa bagagem e mesmo assim peca pelo óbvio.
Antes de ver o filme, a questão "como vou fazer para acompanhar todas as sequências e não perder nada" é constante. Mas a surpresa de saber como reagir diante das telinhas vai por água abaixo logo nos primeiros minutos de exibição.
O diretor provoca a narrativa. O som é mais alto nos trechos considerados importantes, desviando automaticamente a atenção do espectador. Nesses momentos, as imagens em outros quadros não são fundamentais para a boa compreensão do filme. O que se vê é repetitivo.
Até a beleza de Selma Hayek, que faz uma atriz bissexual, atrapalha a tela quadriculada. Em meio a cenas opacas em um clima nublado, os olhos negros e a boca escarlate da atriz mexicana ganham todos os olhares. Além disso, Selma faz par com Jeanne Tripplehorn, que está perfeita no papel de mulher neurótica traída.
As curiosidades sobre "Time Code" acabam sendo mais saborosas do que a própria realização. Filmado em apenas um dia, em novembro do ano passado, tem cerca de 90 minutos. As sequências não têm cortes e foram feitas com câmara digital.
As câmaras acompanharam cada núcleo de personagens. Em alguns bons momentos, duas telas apresentam a mesma cena, vistas de ângulos diferentes. É o código de Figgis para não romper a sequência linear e mostrar que a partir dali o ator estará se deslocando de canto.
"Time Code" também não perde pela iniciativa. Dá vontade de ver um filme muito bem amarrado e com uma boa história transitando pelos cantos da tela. Algum diretor que vir a obra vai sentir a mesma vontade e, quem sabe, concluir melhor a mesma idéia.
Em tempo, o site do filme é uma delícia. Todo em flash, programa que permite ver animações, o internauta pode navegar pelos quatro cantos da tela e conhecer a trilha sonora, os atores e entender exatamente como foi feita a produção.
Na 24ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo:
Quinta-feira (26), na Sala UOL, às 19h30
Na Internet:
www.timecode2000.com/
Leia mais notícias da 24ª Mostra de cinema
Leia mais notícias de Ilustrada na Folha Online
Crítica: "Time Code" ganha em tecnologia e perde para os diálogos
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Antes de ver o filme, a questão "como vou fazer para acompanhar todas as sequências e não perder nada" é constante. Mas a surpresa de saber como reagir diante das telinhas vai por água abaixo logo nos primeiros minutos de exibição.
O diretor provoca a narrativa. O som é mais alto nos trechos considerados importantes, desviando automaticamente a atenção do espectador. Nesses momentos, as imagens em outros quadros não são fundamentais para a boa compreensão do filme. O que se vê é repetitivo.
Até a beleza de Selma Hayek, que faz uma atriz bissexual, atrapalha a tela quadriculada. Em meio a cenas opacas em um clima nublado, os olhos negros e a boca escarlate da atriz mexicana ganham todos os olhares. Além disso, Selma faz par com Jeanne Tripplehorn, que está perfeita no papel de mulher neurótica traída.
As curiosidades sobre "Time Code" acabam sendo mais saborosas do que a própria realização. Filmado em apenas um dia, em novembro do ano passado, tem cerca de 90 minutos. As sequências não têm cortes e foram feitas com câmara digital.
As câmaras acompanharam cada núcleo de personagens. Em alguns bons momentos, duas telas apresentam a mesma cena, vistas de ângulos diferentes. É o código de Figgis para não romper a sequência linear e mostrar que a partir dali o ator estará se deslocando de canto.
"Time Code" também não perde pela iniciativa. Dá vontade de ver um filme muito bem amarrado e com uma boa história transitando pelos cantos da tela. Algum diretor que vir a obra vai sentir a mesma vontade e, quem sabe, concluir melhor a mesma idéia.
Em tempo, o site do filme é uma delícia. Todo em flash, programa que permite ver animações, o internauta pode navegar pelos quatro cantos da tela e conhecer a trilha sonora, os atores e entender exatamente como foi feita a produção.
Na 24ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo:
Quinta-feira (26), na Sala UOL, às 19h30
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