05/10/2005 - 13h54

Novo filme de Benigni leva poesia à Guerra do Iraque

da Folha Online

A espera acabou. O diretor e ator italiano Roberto Benigni, 52, que recebeu três Oscar pelo filme "A Vida é Bela", volta às telas com "La Tigre e la Neve", apresentado por ele nesta terça-feira em Roma.

Dirigido e interpretado por ele, ao lado da mulher, Nicoletta Braschi, o filme é poético como "A Vida é Bela". A nova trama conta uma história delicada. O contexto, porém, é trágico: a Guerra do Iraque. No elenco de "La Tigre e la Neve" estão ainda o ator francês Jean Reno e o cantor norte-americano Tom Waits.

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Benigni e Jean Reno em cena de "La Tigre e la Neve"

"De certo modo, é um documentário. Tudo, desde o início do conflito [no Iraque], foi extremamente bem documentado", afirmou Benigni sobre o longa-metragem, que estréia na Itália em 14 de outubro e não tem data para chegar ao Brasil.

Na trama de "La Tigre e la Neve", Benigni dá vida ao poeta Attilio, que decide ir para o Iraque em um grupo de ajuda humanitária para socorrer a mulher que ama, Vittoria (interpretada por Nicoletta), mas que não corresponde à sua paixão. Segundo o ator e diretor, Attilio é um "pouco louco". "E o fato de o protagonista deste filme ser um poeta é por si só um fato revolucionário para um filme", afirma.

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Benigni viverá um poeta que viaja ao Iraque

Apesar do romantismo, Benigni diz que a poesia fica em segundo plano. "É um filme épico, não lírico. Um filme sobre a força do amor, um sentimento que comove o coração, um tigre feroz que não é absolutamente uma florzinha como muitos pensam", disse.

Autor também de "Pinóquio", candidato ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2002, porém pouco apreciado pelos críticos, Benigni geralmente trabalha com a mesma equipe técnica, entre eles o compositor Nicola Piovani, o mesmo criador da trilha sonora de "A Vida é Bela", e o roteirista Vincenzo Cerami, que levou o Oscar pela mesma trama.

Com agências internacionais

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