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06/10/2005 - 12h07

"Cinema é um cartelzinho", diz Guilherme Fontes

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MARY PERSIA
da Folha Online

Foram quatro anos longe das novelas, desde que fez par romântico com Sandy em "Estrela Guia" (2001). Agora, Guilherme Fontes volta à TV como o vigarista Jeff Wall Street em "Bang Bang", trama das sete da Globo escrita por Mario Prata, ainda sentindo o gosto amargo de ter sido envolvido em suspeitas de irregularidades com o filme "Chatô - O Rei do Brasil".

"Todas as dificuldades que vivo hoje são oriundas das difamações", diz Fontes, sem entrar em detalhes. "O cinema é um cartelzinho, digamos que um pouco mixuruca, mas é um cartel. [...] Me deram um 'chega pra lá' com as armas que eles têm."

Antônio Gaudério/FI
Ator e diretor volta à TV
Ator e diretor volta à TV
"Chatô" tem orçamento de R$ 12 milhões, aprovado pelo Ministério da Cultura em 1995. Suas filmagens foram suspensas em 1999, quando o ministério suspeitou de desvio de recursos, boa parte captada pelas leis de renúncia fiscal. Em 2001, o Tribunal de Contas da União inocentou Fontes das suspeitas e mandou o MinC autorizá-lo a captar o dinheiro que faltava.

O filme é uma adaptação do livro homônimo de Fernando Morais, que narra a trajetória do empresário das comunicações Assis Chateaubriand. O protagonista é vivido por Marco Ricca, que também está em "Bang Bang".

Aos 38 anos, Fontes, que acaba de se tornar pai (Carolina, filha que teve com sua mulher, Patrícia, está com dois meses e meio), diz que quase foi "destruído". "Mas sou forte, sou capricorniano. Vou me reerguendo devagarinho."

Leia a seguir a entrevista:

Folha Online - Por que você ficou tanto tempo afastado da TV? Foram outros trabalhos, você não quis ou foi o "estresse" com sua imagem por conta do "Chatô?

Guilherme Fontes - A carreira é uma coisa longa. Não preciso ficar fazendo novela toda hora. E não é toda hora que aparecem grandes personagens. Também estou cuidando da minha vida pessoal. Acabei de ter uma filha [Carolina, de dois meses e meio, sua primeira filha]. Estou na fase insone e babão.

Folha Online - O que o levou a entrar em "Bang Bang"?

Divulgação
Fontes interpreta Jeff Wall Street em "Bang Bang"
Fontes interpreta Jeff Wall Street em "Bang Bang"
Guilherme Fontes - Recebi um convite do Mario Prata, depois soube que o Ricardo [Waddington, diretor de núcleo da Globo] iria dirigir. Ele é um amigo antigo. Uni o útil ao agradável. O personagem é extraordinário.

Folha Online - Há muitos efeitos especiais na novela. Em que sentido o seu trabalho muda com eles?

Guilherme Fontes - Eu já havia participado de novelas com bastante efeito [especial]. Já estou acostumado. É meio chato. Estou fazendo dois personagens [Jeff Wall Street e o imaginário Jeff Ideal, espécie de alter ego do personagem], então é trabalho dobrado. Mas estou satisfeito.

Folha Online - Houve algum tipo de preparação para viver Jeff?

Guilherme Fontes - Pesquisa eu faço para qualquer personagem. Para essa novela, não precisei fazer muita coisa, pois já sabia andar a cavalo --fiz a minissérie "Desejo" [1990] com a Vera Fischer-- e já fiz curso de tiro. E na vida também, gosto de andar a cavalo. Não pratico sempre, mas não tenho problemas.

Lula Marques/FI
"Chatô" foi envolvido em suspeitas de irregularidades
"Chatô" foi envolvido em suspeitas de irregularidades
Folha Online - Em que situação está "Chatô"? Já existe uma data para chegar aos cinemas?

Guilherme Fontes - Não há data prevista. Estou para fechar um acordo com a Globo Filmes. Os custos de computação gráfica e finalização não são pequenos --mas não são impossíveis. Mas digo que todas as dificuldades que vivo hoje são oriundas das difamações.

Folha Online - Em quanto ficou o orçamento final do filme?

Guilherme Fontes - Ainda não fechei. Não captei tudo o que tinha de captar. Mas não está estourado. Nunca esteve.

Folha Online - A que você atribui as suspeitas de irregularidades relativas aos recursos captados para "Chatô"?

Guilherme Fontes - O cinema é um cartelzinho, digamos que um pouco mixuruca, mas é um cartel. Como eu era uma empresa pequena chegando, cheia de animação, ágil e com captação [de recursos] muito competente, me deram um 'chega pra lá' com as armas que eles têm. Inventaram multas, fiscalizações. Tudo isso retardou [o filme] e quase conseguiu me destruir de um modo geral. Mas sou forte, sou capricorniano. Vou me reerguendo devagarinho.

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