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06/10/2005 - 19h37

"Bang Bang" não quer influenciar voto sobre armas, diz autor

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GUILHERME BAHIA
da Folha de S. Paulo

O autor da novela "Bang Bang", Mário Prata, diz que a obra não pretende influir no debate sobre a proibição da venda de armas. Muitos personagens da história andam armados, e são comuns as cenas de duelo.

"A novela não tem a intenção de influenciar ninguém sobre esse assunto", disse Prata. "Não busco retratar o Brasil, apenas reconhecemos na trama algumas situações do país, tratadas com humor. A medida provisória, as taxas e a pergunta do "bike boy" para os bandidos "posso tomar conta do cavalo, tio?" são, por exemplo, grandes piadas."

Antes de a novela estrear, a frente parlamentar Pelo Direito da Legítima Defesa solicitou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a suspensão da exibição, mas a liminar foi negada. A frente argumenta que, com a história, a Rede Globo estaria induzindo o voto a favor da proibição da venda de armas e munição --a emissora apóia a medida.

Segundo a resolução 22.033 do TSE, as redes de rádio e TV estão proibidas desde 1º de agosto de "difundir opinião favorável ou contrária a qualquer das propostas do referendo". A proibição não vale para a imprensa escrita.

No capítulo de anteontem da novela, o personagem Javier Bolívar, interpretado por Genésio de Barros, disse o seguinte para o filho: "Eu já te falei o que eu penso dessa história de revólver, de tiro, de violência. Isso não é bonito. Eu falo por experiência própria, filho. Há muitos anos, quando nós lutávamos para reaver as nossas terras, eu tive a ilusão de que as armas eram o verdadeiro caminho para a justiça. Eu estava errado. Com o tempo, eu aprendi que "hay que endurecer, sí, mas com ternura'".

Para o presidente da frente contrária à proibição, deputado Alberto Fraga (PFL-DF), a cena fere a resolução do TSE.

"A Globo pretende mudar a lei natural do faroeste", ironiza ele.

Luiz Antonio Fleury (PTB-SP), outro deputado da frente, disse que fará uma reclamação ao tribunal.

Questionado sobre como votará no referendo, Mário Prata foi evasivo: "Pessoalmente, acredito no desarmamento moral".

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