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24/10/2000 - 05h07

Escritor diz que tem 4 bilhões de anos

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da Folha de S.Paulo

"Tenho 4 bilhões de anos", diz o escritor norueguês Jostein Gaarder. "Tenho genes em meu corpo com centenas de milhares de anos."
Foi com esse pensamento que o autor do fenômeno "O Mundo de Sofia" escreveu seu novo romance. "Maya", que Gaarder veio lançar na Alemanha, é um coquetel que mistura Ilhas Fiji com Espanha, a "Maya Desnuda", pintura clássica de Goya, com os primeiros vertebrados, a dança flamenca com a história do evolucionismo.

"É um livro polêmico", disse o escritor à Folha, ao fim de uma tumultuada sessão de autógrafos na Feira de Frankfurt. "Ele discorda de teses consagradas da ciência, como a de que o universo nunca esteve grávido de vida e a vida, de consciência. A ciência trata isso tudo como uma grande, grande coincidência. Eu vou contra", explica Gaarder.

Ele acredita que é um erro "menosprezar a vida e a consciência como elementos formadores do nosso universo".

O escritor diz que não consegue aceitar que a vida seja uma coincidência. "Acontece apenas que em 4 bilhões de anos somos a primeira geração na Terra com uma perspectiva ampla da evolução universal, do Big Bang, da expansão do universo."

Essas questões fazem o pano de fundo do livro, estruturado, assim como "Sofia", no modelo "uma-história-dentro-de-uma-historia-dentro-de...".

O que "Sofia" pretendia como mapeamento da herança cultural do homem, Gaarder transpôs para a chave herança natural. "Mas "Maya" não é didático como era "Sofia'", ressalta o ex-professor de filosofia no ensino médio norueguês.

"Maya" vai ser lançado no Brasil pela Companhia das Letras em dezembro. (CEM)

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