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12/10/2005 - 15h03

Poetas são os grandes cotados para o Nobel de Literatura

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da Efe, em Estocolmo

Poetas como o sírio naturalizado libanês Adonis, o sueco Tomas Tranströmer e o sul-coreano Ko Un lideram a lista de favoritos para o Nobel de Literatura, cujo ganhador será anunciado amanhã pela Academia Sueca da Língua.

Adonis, cujo nome real é Ali Ahmed Said, tem 75 anos, vive em Paris e goza de sólido reconhecimento internacional, enquanto Tranströmer é considerado uma das figuras mais prestigiadas da poesia de seu país.

O fato de nenhum poeta ter ganho o prêmio desde 1996, quando venceu a polonesa Wislawa Szymborska, reforça a hipótese de que a Academia premiará esse gênero literário desta vez.

Nas tradicionais apostas aparecem outros nomes, como o do indonésio Pramoedya Ananta Toer, o turco Orhan Pamuk, a americana Joyce Carol Oates e seus compatriotas mais famosos John Updike, Philip Roth e Don de Lillo, a canadense Margaret Atwood, o tcheco Milan Kundera e o português António Lobo Antunes.

Outras figuras no páreo são o peruano Mario Vargas Llosa, o mexicano Carlos Fuentes, a argelina Assia Djebar, o francês Michel Tournier, o holandês Cees Nooteboom, o israelense Amós Oz, o italiano Claudio Magris, o polonês Ryszard Kapuscinski, o albanês Ismael Kadaré, a dinamarquesa Inger Christensen, e até o músico Bob Dylan.

A Academia já havia escolhido antes autores que não se dedicam à ficção literária, como o filósofo britânico Bertrand Russell (1950) e seu compatriota Winston Churchill, cuja obra histórica lhe valeu o Nobel de Literatura três anos depois.

O fato de a austríaca Elfriede Jelinek ter ganhado o prêmio no ano passado aumenta as possibilidades de que desta vez seja concedido a um autor não europeu, de acordo com o critério de rodízio geográfico pelo qual a instituição sueca parece guiar-se nos últimos tempos.

A escolha deste ano vem envolvida de certa polêmica, justamente por Jelinek. Um dos membros da Academia, o professor Knut Ahnlund, atacou a escritora ontem no jornal Svenska Dagbladet, ao afirmar que sua premiação tinha causado ao Nobel "um dano irreparável" em razão da "pouca qualidade de sua obra".

Ahnlund investiu também contra seus companheiros da Academia e seus métodos de trabalho e se deu por excluído do grupo, cujos 18 membros têm vaga vitalícia.

O secretário da instituição, Horace Engdahl, com quem Ahnlund mantém uma tensa relação, disse que o professor não participava das reuniões por decisão própria desde 1996 e que seus ataques são "especulações vazias".

No entanto, as críticas do professor e crítico sueco voltaram a pôr em questão os métodos de um organismo cercado pelo caráter secreto e cujos critérios de escolha nem sempre foram bem entendidos.

O anúncio do prêmio de Literatura fechará a rodada de ganhadores dos Nobel aberta no último dia 3 com o de Medicina. Os escolhidos receberão seu prêmios no dia 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred Nobel, em uma cerimônia em Estocolmo para todos os casos, exceto o da Paz, cujo prêmio será entregue em Oslo.

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