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13/10/2005 - 13h42

Evento em SP debate diferenças entre os estilos caipira e sertanejo

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CAROL HUNGRIA
do Agora

O palco do Sesc Ipiranga deve pegar fogo a partir de hoje com o evento "Caipira ou Sertanejo?", polêmica entre os estilos musicais que será discutida em debate e por meio da linguagem musical, com três dias de shows de diferentes artistas, como Badia Medeiros e Inezita Barroso, além dos sertanejos Adalberto e Adriano e Dany e Diego.

"Promovemos dois eventos desse tipo antes. O primeiro discutiu o 'romântico e cafona', em maio do ano passado, e o segundo focou no 'popular e brega', encontro realizado em maio", relembra José Reis Alves, animador sociocultural do Sesc Ipiranga. "Queremos mostrar ao público a estética e os estilos musicais para que vejam as diferenças e não tenham preconceito sem saber o que é", resume Reis.

O debate está marcado para as 15h do domingo, com participação dos músicos Passoca e Paulo Freire, a escritora e jornalista Rosa Nepomuceno, o produtor Rivaldo Corullo e Dany, da dupla Dany e Diego. A mediação ficará por conta do jornalista Carlos Calado.

O caipira Passoca dá uma idéia do tom do encontro: "O sertanejo é meloso, romântico e, em quase todos os casos, tenta negar a sua origem caipira", defende o músico.

Outros são menos polêmicos, como Chico Teixeira. "Os estilos musicais retratam dois segmentos do povo brasileiro. A música sertaneja é extremamente respeitada por um público muito grande", diz. Para o músico, o caipira hoje tem um estilo de vida invejado por tantos outros. "Antes, não ser urbano era algo negativo, atrasado. Hoje, a migração para o campo é cada vez maior."

Entre os shows, o público pode esperar algumas surpresas. Na sexta, sobe ao palco o trio Badia Medeiros, Roberto Corrêa e Paulo Freire, que prometem um inesquecível duelo de violas. "Fizemos o mesmo show algumas vezes em 2002, incluindo turnê pelo Brasil. No palco, apresentamos poemas, música cantada, música tocada e até 'causos' do campo", conta Paulo Freire. "Badia é um grande mestre do sertão e traz elementos mágicos para a apresentação ao vivo."

Já no domingo, Chico Teixeira investe em uma parceria com seu pai, Renato Teixeira. "Como o Pena Branca toca no mesmo dia e é muito amigo do meu pai, vou chamá-lo ao palco para fazer uma canja com a gente", antecipa o músico. Outra dica: assista ao documentário "Quiá-Quiá-Quiá-Quiá", sobre o multiartista Cornélio Pires, que promoveu as duas frentes musicais durante 26 anos.

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