17/10/2005 - 12h50

Barbier-Mueller expõe em Genebra 125 máscaras de todo o mundo

da Efe, em Genebra

O Museu Barbier-Mueller inaugurou hoje, em Genebra, uma exposição de 125 máscaras únicas em todo o mundo pertencentes a culturas que abrangem aproximadamente 5 mil anos de história.

As máscaras, reunidas entre as coleções de arte de culturas primitivas que o Barbier-Mueller guarda na cidade suíça e em Barcelona, na Espanha, foram "postas em cena" pelo poeta Michel Butor e podem ser visitadas até 15 de março.

Todas a peças expostas são singulares e procedem de Alasca, México, Nepal, Síria, entre outros lugares. Elas eram usadas em rituais de xamanismo, cura, proteção, iniciação, teatro ou carnaval, explicou a curadoria.

Feitas com madeira, conchas, ferro, folhas secas, basalto e outros materiais, algumas nunca haviam sido expostas antes. Algumas obras pertenceram a pessoas famosas e, durante anos, foram vistas exclusivamente por artistas como Andy Warhol, Tristan Tzara e John Houston.

Na exposição, há máscaras contemporâneas. As mais recentes foram criadas no século passado. As máscaras estão classificadas por "afinidade temática" e não por origem étnica ou geográfica. Estão agrupadas as faces "furiosas", "enigmáticas", "condescendentes", "guias", "protetoras" e "pensadoras".

As coleções Barbier-Mueller constituem um dos conjuntos particulares de arte primitiva mais importantes do mundo e possuem 7 mil obras. Entre elas, peças da antiguidade tribal e clássica, assim como esculturas, tecidos e ornamentos das civilizações primitivas de todo o mundo.

Fundado em 1977, o Museu Barbier-Mueller de Genebra objetiva conservar, estudar e publicar uma coleção iniciada em 1907 por Josef Barbier e mantida até agora por seus herdeiros.

O museu, aberto todos os dias do ano, obteve reconhecimento internacional por suas exposições itinerantes, pelos empréstimos a outros museus e pela publicação de índices e livros de arte.

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