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02/11/2005 - 19h23

Oscar seleciona candidatos de animação

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da Efe, em Los Angeles

Terminou ontem o prazo de inscrição dos concorrentes para o Oscar de melhor filme de animação, categoria na qual a Disney, com seu último lançamento, "Chicken Little", pretende impressionar a academia.

A primeira produção dos estúdios Disney feita inteiramente por computador chega às telas americanas sexta-feira, precedida por uma campanha promocional que já encantou as crianças.

O objetivo agora é cativar a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas para ganhar o Oscar de melhor filme de animação, que desde a criação da categoria não vem sendo amigável com o estúdio, que durante anos reinou soberano no segmento dos desenhos animados.

Segundo as regras da Academia, são necessários entre oito e 15 filmes de animação para manter a categoria, na qual apenas três produções concorrerão à estatueta.

"É nesta fase que estamos agora", confirmou à EFE a porta-voz da Academia, Teni Melidonian.

Os nomes dos candidatos só serão conhecido em 31 de janeiro, quando serão divulgados os concorrentes ao prêmio.

Porém, tudo indica que, das três vagas disponíveis, duas já foram ocupadas por bem-sucedidas estréias, que obtiveram sucesso de público e crítica: "A noiva cadáver" e "Wallace e Gromit: A Batalha dos Vegetais".

Ambos os filmes foram produzidos com técnicas de animação foto a foto, processo de laboratório que havia caído em desuso desde os tempos de "As sete viagens de Simbá", clássico dos anos 50.

"Atualmente, os filmes mais populares são os produzidos totalmente por computador", afirmou à EFE o diretor de "Chicken Little", Mark Dindal.

Esta técnica também deixou sua marca no Oscar. Das quatro estatuetas concedidas até o momento nesta categoria, três foram para filmes de animação digital (popularmente conhecidos como CGI ou 3D).

Apenas "A viagem de Chihiro", do japonês Hayao Miyazaki, venceu o Oscar, em 2002, com uma animação à moda antiga, com lápis e papel.

Em sua estréia, o filme superou blockbusters como "Titanic", visto que no Japão a animação já superou o estigma de agradar apenas as crianças.

Miyazaki concorre novamente ao Oscar com seu último filme, também realizado com animação tradicional, "O Castelo Animado". Outro possível oponente são os estúdios DreamWorks, que deseja repetir o sucesso com "Shrek" e "Madagascar".

A grande ausente será a Pixar, vencedora do Oscar com "Procurando Nemo" e "Os incríveis", além do prêmio especial por "Toy Story". Desta vez, a produtora não apresentará nenhum filme.

Um vazio que não passou despercebido aos olhos da Disney, disposta a recuperar com "Chicken Little" o lugar que ocupou durante tantos anos no campo da animação.

"Mais do que o renascimento dos estúdios, trata-se de encontrar nossa própria voz neste novo campo", disse Dindal, sobre uma produção de 83 minutos na qual os estúdios investiram mais de US$ 100 milhões, descontada a publicidade.

A crítica não dúvida que "Chicken Little" ganhará o coração das crianças, com a história de um pequeno frango convencido de que o céu cairá sobre sua cabeça. O coração dos acadêmicos, entretanto, deverá ser mais difícil de conquistar.

"Em última instância, falta a 'Chicken Little' a emoção, o nó na garganta", lamenta a crítica do "The Hollywood Reporter", um detalhe que impede que a fita chegue aos níveis "sublimes" de "Toy Story" e "Os incríveis".

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