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07/11/2005 - 22h34

"Belíssima" estréia com ibope sem brilho

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da Folha Online

Sob boicote dos homossexuais, a novela "Belíssima" estreou nesta segunda-feira (7) com um ibope sem brilho. A audiência ficou abaixo da registrada no primeiro capítulo de sua antecessora, a polêmica "América", cujo último capítulo censurou uma cena de beijo gay provocando revolta e protestos.

"Belíssima" explora um tom mais leve com beldades pouco vestidas e um elenco de peso com Fernanda Montenegro, Lima Duarte, Glória Pires, Cláudia Raia, entre outros.

Mesmo com esses ingredientes populares, o primeiro capítulo da trama teve 52 pontos de média no ibope e 70% de share (participação de televisores ligados no canal). A audiência ficou abaixo de "América", que registrou 54 pontos de média e 73% de share na estréia. Cada ponto equivale a 52,3 mil domicílios na Grande São Paulo.

Mas "Belíssima" faz jus ao nome. As cenas mostrando os cartões-postais de São Paulo impressionam. A Grécia, que vem a substituir a falsa Miami de Sol (Deborah Secco), é um show.

No primeiro capítulo, Silvio de Abreu mostrou exatamente o que o telespectador gosta de ver: um cenário alegre e com gente bonita --estratégia de sucesso na teledramaturgia nos anos 80. O local é a casa dos personagens Vitória (Cláudia Abreu) e Pedro (Henri Castelli).

Já deu para notar que Fernanda Montenegro deverá roubar a cena, interpretando a maquiavélica Bia Falcão, uma mulher fria que desmerece a neta Júlia (Glória Pires) constantemente --lembrando até a saudosa Odete Roitman, interpretada pela atriz Beatriz Segall, em "Vale Tudo" (1988). Como a personagem já deixou claro, para ela, "Julia tem o pior defeito que um mulher pode ter, o de ser comum".

Ao lado da musa de "Central do Brasil" está Tony Ramos, que teve de aprender a dança e o idioma grego para interpretar Nikos Petrakis. Ao contrário dos personagens que está acostumado a interpretar certinhos, Nikos tem uma fraqueza na vida: a bebida. O personagem tragicômico não irá só se apaixonar pela mocinha da trama, mas vive a dor de não ter conhecido o único filho, Cemil, vivido pelo ator Leopoldo Pacheco.

Apesar de Silvio de Abreu ter dito que, em nenhum momento, se inspirou na comédia americana "Casamento Grego", não dá para negar a semelhança do filme com a família de Katina (Irene Ravache) e Murat (Lima Duarte). Além da histórias acontecerem na cozinha neste primeiro capítulo, como no longa-metragem, a trilha sonora é bem parecida.

Desnecessária é a volta do personagem Jamanta (Cacá Carvalho), que veio diretamente de "Torre de Babel" (1998), também assinada por Silvio de Abreu. O intérprete é um ótimo ator e, mais uma vez, é desperdiçado.

Sobre a performance de Reynaldo Gianecchini como o bronco mecânico Pascoal ainda não dá para dizer muito. O que já deu para perceber é que o lado cômico do galã terá de ser explorado com insistência dobrada.

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