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14/11/2005 - 12h37

Tribuzy movimenta SP e MG com convidados

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SÍLVIA YOSHIDA
da Folha Online

Participações especiais, improvisos, fúria dos fãs... Os três shows do Tribuzy Execution Tour, realizados no último fim de semana em São Paulo e Belo Horizonte, tiveram de tudo um pouco no palco do Credicard e do Chevrolet Hall.

Como o próprio Renato Tribuzy já havia declarado, as apresentações seriam, na verdade, uma grande "jam", com músicos do gabarito de Roland Grapow, Kiko Loureiro e Andreas Kisser, por exemplo, dividindo o palco com lendários vocalistas como Bruce Dickinson e Ralf Scheepers. A maior parte do público, no entanto, parece ter se esquecido desse detalhe e encarado a tour como um mini-show do Iron Maiden.

O resultado dessa "confusão" deu mostras já na sexta (11), quando aconteceu a primeira apresentação, em São Paulo. Jeff Scott Soto mal havia subido ao palco para o show de abertura quando a fúria dos fãs de Dickinson apareceu na forma de vaias, dedos médios levantados e muita chiadeira.

O músico (que já trabalhou com Yngwie Malmsteen e no Talisman) e sua banda, ambos excelentes tecnicamente, mereciam mais respeito. Mesmo assim, continuaram uma apresentação longa com direito a outros dedos levantados em resposta, danças à la Michael Jackson, camisa do Brasil e um pout-pourri bizarro, que misturou "Macho Man", "Play That Funky Music" e "Stayin' Alive".

Enquanto isso, a galera não parava de berrar "olê, olê, olê, olê, Bruce, Bruce". Quando Renato Tribuzy iniciou, de fato, a apresentação de "Execution", seu álbum lançado em abril, os ânimos ficaram mais contidos. O jovem músico brasileiro mostrou que tem futuro e cacife para domar o público.

O show começou com músicas do disco, como "Agressive", "Forgotten Time" e "Divine Disgrace". Logo, o primeiro convidado foi chamado: Kiko Loureiro, do Angra. A ele, seguiram-se Mat Sinner e Ralf Scheepers que levantaram o público com "Nature of Evil" (cover de Sinner presente no álbum de Tribuzy) e "Final Embrace", do Primal Fear.

O grande astro da noite, entretanto, era mesmo Dickinson. O vocalista do Iron Maiden entrou com "Tears of the Dragon", de sua carreira solo, e fez os fãs cantarem em coro. Mas, se nas músicas do grupo de heavy metal britânico, como "Be Quick or Be Dead" e "The Evil That Men Do", o músico sabia em que terreno pisava, em "Beast in the Light", canção que gravou com Tribuzy para o "Execution", Dickinson precisou ler a letra na mão --a cena repetiu-se nas noites seguintes.

Em certo ponto do show, o improviso passou a dar o tom. Chris Dale, Roy Z e Roland Grapow surgiram no palco do nada --e, em algumas músicas, havia até cinco guitarristas e dois baixistas tocando ao mesmo tempo. Nada disso, no entanto, atrapalhou o andamento da apresentação, fechada com "Bring Your Daughter... To The Slaughter" cantada e tocada por todos os convidados especiais.

No show de sábado (12), também em São Paulo, os fãs ganharam um bis e uma surpresa extra: foi preciso uma reapresentação de "Nature of Evil", para o DVD gravado durante a tour, e Dickinson arriscou tocar bateria.

O ponto negativo ficou por conta do desrespeito e do baixo comparecimento do público. Culpa da divulgação ou do feriado prolongado, o fato é que apenas cerca de 2.000 pessoas estiveram presentes em cada noite, número muito aquém do que Tribuzy, Dickinson, Grapow, Scheepers e companhia merecem.

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