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24/11/2005
-
17h47
da Efe, em Huelva (Espanha)
O brasileiro Sérgio Machado, com "Cidade Baixa", e o boliviano Fernando Vargas, com "Di buen día a papá", protagonizam hoje o 31º Festival de Cinema Ibero-Americano da cidade espanhola de Huelva.
A história de "Cidade Baixa" gira em torno de dois jovens que ganham a vida fazendo fretes e aplicando pequenos golpes a bordo do barco Dany Boy, no qual fogem para Salvador. Em entrevista coletiva, Machado explicou que o projeto surgiu com a idéia de "conhecer um pouco mais dos jovens de classe baixa do Brasil, que não têm muitas expectativas, mas que conseguem sobreviver".
Em princípio, "a idéia era fazer uma história com três atores negros, mas depois pensamos que seria uma boa oportunidade fazer um filme sobre dois bons amigos", Deco e Naldinho, interpretados por Lázaro Ramos e Wagner Moura, que também são amigos na vida real.
O problema foi a escolha da atriz protagonista, já que dois meses antes de começar a filmagem não se sabia quem faria o papel, que acabou sendo entregue a Alice Braga. "Quando a encontramos, ela estava muito assustada, porque era seu primeiro trabalho importante, com cenas com uma grande carga dramática, de nudez e de sexo", disse.
Bolívia
Já o boliviano Vargas apresentou o filme que, segundo revelou, narra "a pequena história de Che Guevara, e não a grande história que todos os meios de comunicação contaram quando seu cadáver foi exumado", em 1997.
A equipe de produção do filme propôs "dar um enfoque diferente, porque não quisemos contar a passagem de Che pela Bolívia, mas a pequena história de uma pessoa que passou por um povoado", disse Vargas em entrevista coletiva.
O roteiro do filme começou a ser escrito em 1997, quando Fernando Vargas assistiu à exumação dos restos de Ernesto Guevara em Vallegrande (Bolívia). De acordo com o cineasta, foi nesse local que ele conheceu "muitos moradores da cidade e reuniu testemunhos" que o impressionaram.
O cineasta lembrou que "os moradores de Vallegrande viram Che pela primeira vez já morto", em 1967, quando o líder revolucionário foi assassinado, já que nunca o tinham visto vivo. Por isso, ele é considerado "a alma de uma vida não completa", cujo retorno é evocado por algumas horas "no dia de Todos os Santos".
O filme lembra os 30 anos transcorridos entre a chegada do cadáver de Ernesto "Che" Guevara a esse pequeno povoado e a busca de seus restos, sua exumação e sua saída de Vallegrande, em 1997.
Doze longas competem na seção oficial do festival de Huelva, aberto no último fim de semana.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o filme "Cidade Baixa"
Espanha exibe "Cidade Baixa"
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O brasileiro Sérgio Machado, com "Cidade Baixa", e o boliviano Fernando Vargas, com "Di buen día a papá", protagonizam hoje o 31º Festival de Cinema Ibero-Americano da cidade espanhola de Huelva.
A história de "Cidade Baixa" gira em torno de dois jovens que ganham a vida fazendo fretes e aplicando pequenos golpes a bordo do barco Dany Boy, no qual fogem para Salvador. Em entrevista coletiva, Machado explicou que o projeto surgiu com a idéia de "conhecer um pouco mais dos jovens de classe baixa do Brasil, que não têm muitas expectativas, mas que conseguem sobreviver".
Em princípio, "a idéia era fazer uma história com três atores negros, mas depois pensamos que seria uma boa oportunidade fazer um filme sobre dois bons amigos", Deco e Naldinho, interpretados por Lázaro Ramos e Wagner Moura, que também são amigos na vida real.
O problema foi a escolha da atriz protagonista, já que dois meses antes de começar a filmagem não se sabia quem faria o papel, que acabou sendo entregue a Alice Braga. "Quando a encontramos, ela estava muito assustada, porque era seu primeiro trabalho importante, com cenas com uma grande carga dramática, de nudez e de sexo", disse.
Bolívia
Já o boliviano Vargas apresentou o filme que, segundo revelou, narra "a pequena história de Che Guevara, e não a grande história que todos os meios de comunicação contaram quando seu cadáver foi exumado", em 1997.
A equipe de produção do filme propôs "dar um enfoque diferente, porque não quisemos contar a passagem de Che pela Bolívia, mas a pequena história de uma pessoa que passou por um povoado", disse Vargas em entrevista coletiva.
O roteiro do filme começou a ser escrito em 1997, quando Fernando Vargas assistiu à exumação dos restos de Ernesto Guevara em Vallegrande (Bolívia). De acordo com o cineasta, foi nesse local que ele conheceu "muitos moradores da cidade e reuniu testemunhos" que o impressionaram.
O cineasta lembrou que "os moradores de Vallegrande viram Che pela primeira vez já morto", em 1967, quando o líder revolucionário foi assassinado, já que nunca o tinham visto vivo. Por isso, ele é considerado "a alma de uma vida não completa", cujo retorno é evocado por algumas horas "no dia de Todos os Santos".
O filme lembra os 30 anos transcorridos entre a chegada do cadáver de Ernesto "Che" Guevara a esse pequeno povoado e a busca de seus restos, sua exumação e sua saída de Vallegrande, em 1997.
Doze longas competem na seção oficial do festival de Huelva, aberto no último fim de semana.
Especial
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