Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
28/11/2005 - 10h31

Livro da Playboy registra era pré-silicone

Publicidade

KARINA KLINGER
da Folha Online

Colecionadores da "Playboy" que perderam alguns números poderão recorrer ao livro que a publicação está lançando, "Playboy 30 anos de fotografia". Assim como já aconteceu na versão americana da revista, chegou a hora da redação brasileira reviver suas três décadas de história.

Divulgação/J.R.Duran
A modelo Joana Prado, mais conhecida como a Feiticeira
A modelo Joana Prado, mais conhecida como a Feiticeira
Das poses mais recatadas da época da ditadura aos ensaios mais ousados dos anos 2000, o livro reúne mais de 100 imagens com mulheres sem roupas. A seleção de ensaios inclui atrizes consagradas e celebridades espontâneas, muitas até já desapareceram dos holofotes da mídia.

Além de atrair os olhos do público masculino, o livro remonta as variações no conceito de beleza que dita a estética feminina. Fica evidente a era pré-silicone. Enquanto os ensaios dos últimos 10 anos trazem mulheres com seios cada mais fartos, no período anterior, o atrativo parecia não ser o principal alvo de atenção no corpo feminino, que pouca intimidade tinha com a palavra malhação.

Divulgação/Bob Wolfenson
A atriz e modelo Luma de Oliveira, em janeiro de 2005
A atriz e modelo Luma de Oliveira, em janeiro de 2005
Sem contar que as imagens da década de 70 e 80 mais parecem obras de artistas do período romântico quando comparadas aos ângulos indiscretos que estão presentes na era moderna. Prova disso é uma foto da atriz Cristiane Torloni, de 1984, que parece pertencer a um catálogo de moda íntima, imagem comum hoje em qualquer outdoor.

Entre os trabalhos mais polêmicos dos últimos anos está o ensaio de Adriane Galisteu, de 1995. Retratada pelo fotógrafo J.R.Duran, a atual apresentadora do SBT aparece se depilando.

A obra ainda inclui imagens de musas mais maduras como Betty Faria, Sônia Braga, Helô Pinheiro e Vera Fischer, além das mais jovens como Joana Prado (Feiticeira); Suzana Alves (Tiazinha), Scheila Carvalho, Juliana Paes e a ex-BBB Grazielli Massafera.

Com dois textos apenas, o livro é basicamente fotográfico. Na carta ao leitor, o jornalista Thomaz Souto Corrêa, vice-presidente do Conselho Editorial da Abril, conta a curiosa história da primeira "Playboy" americana que trouxe na capa a atriz Marilyn Monroe. Na época, Hugh Hefner, o fundador do império Playboy, comprou a foto por US$ 500.

O advogado Edgard Silvio Faria, diretor-responsável da Editora Abril entre 1965 e 1992, por sua vez, fecha o livro com histórias hilárias do tempo da censura nos anos 70. Ele narra suas viagens à Brasília e as longas sessões de negociação para liberar as imagens.

Ele lembra, por exemplo, dos censores munidos de régua e caneta atacando as fotos com cortes precisos e rabiscos. Além das respostas criativas que tinha de dar: "Ele [partes consideradas subversivas] foi deslocado com recursos técnicos mais para cima, de maneira a ficar agasalhado pela lingerie e assim não ferir a sensibilidade dos leitores".

A publicação, que custa R$ 64,90, mostra a época de ouro da revista. O que fica explícito é que as mais famosas eram retratadas mais freqüentemente no passado. Ao que parece, convencer celebridades de peso a tirar a roupa está cada vez mais difícil e tem um custo maior.

São poucas as celebridades instantâneas na história da revista. Algo bem diferente dos últimos meses, em que a publicação apostou em mulheres pouco conhecidas, como Mariana Kupfer, a anônima Camilla Amaral (ex-assessora da senadora petista Ideli Salvatti), a atriz Viviane Victorette e a modelo Anna Flávia, eleita sósia de Daniella Cicarelli.

Especial
  • Leia o que já foi publicado sobre a "Playboy"
  •  

    Publicidade

    Publicidade

    Publicidade


    Voltar ao topo da página