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07/12/2005 - 13h39

Petit Palais de Paris reabre após 4 anos

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da France Presse, Paris

O museu parisiense Petit Palais volta a funcionar após quatro anos de obras e recupera a iluminação original, tal como concebeu o arquiteto Charles Girault para a Exposição Universal de 1900.

Jóia arquitetônica situada entre a avenida Champs Elysées e o rio Sena, à frente do Grand Palais e da ponte Alexandre 3º, o Museu de Belas-Artes da Vila de Paris reabre suas portas ao público neste sábado, 10 de dezembro, com sua modernidade recuperada graças aos arquitetos Philippe Chaix e Jean-Paul Morel. A inauguração para convidados ocorrerá na quinta-feira.

Dissimulada durante muito tempo, a luz volta a invadir seus espaços majestosos, através de vidraças, amplas janelas e da galeria de colunas aberta para um jardim interno. Mais claro, com espaços de exposição maiores, o Petit Palais também está mais acessível, em particular para portadores de necessidades especiais, e com entrada grátis para as exposições permanentes.

"O objetivo era recuperar a beleza do local e restituir o papel fundamental da luz natural", explicou à agência France Presse o diretor Gilles Chazal, que destaca a "modernidade da aposta arquitetônica". "O resultado da restauração supera nossas expectativas", acrescentou.

O maior museu municipal parisiense tem agora 22 mil metros quadrados (7.000 metros quadrados a mais) e propõe um panorama artístico construído com base no princípio do contraste, que remonta ao período anterior a 1914 até a Antigüidade. Dessa forma, uma sala de pintura francesa do início do século 19 liga-se a uma sala de pintura holandesa do século 17.

Cada sala tem sua própria temática e sua cor. O conjunto resulta em um museu de dimensão humana, em que telas, esculturas e objetos de arte se enfrentam e interagem. Estão expostas obras de Courbet, Monet, Sisley, uma sala de jantar Guimard Art Nouveau, um auto-retrato de Rembrandt e bronzes romanos que não eram vistos há vinte anos.

As pinturas de Albert Besnard no vestíbulo de entrada, de Maurice Denis na cúpula Dutuit e de Baudouin, discípulo de Puvis de Chavannes, na abóbada da galeria se harmonizam com o motivo neobarroco esculpido em pedra branca.

Do lado da Champs Elysées ficam as coleções permanentes de acesso gratuito. Do lado do Pátio da Rainha, as exposições temporárias. No primeiro andar, um nível suplementar para ateliês, o escritório de artes gráficas e os serviços de ação cultural. No jardim interno restaurado, fica uma loja-livraria. Em janeiro, será inaugurado o café-restaurante Le Jardin du Petit Palais. Também foi construído um auditório com 188 lugares.

Renovação

Depois da reabertura do museu Cernuschi (artes de extremo oriente), o novo Petit Palais se inscreve "em um projeto de reordenação e renovação dos museus parisienses", segundo o prefeito de Paris, Bertrand Delanoe, que pôs em andamento uma remodelação dos jardins da Champs Elysées nas imediações do edifício. O orçamento da restauração é de 72,2 milhões de euros, financiados pela prefeitura.

Constituído primeiro por um fundo de arte francês do fim do século 19 e início do 20, o museu se enriqueceu com o legado dos irmãos Dutuit (cerâmicas, bronzes antigos, telas flamencas e holandesas, coleção de gravuras dos séculos 15, 16 e 17) e doações mais recentes como uma coleção de ícones gregos e russos.

A exposição "Quentin Blake e as Senhoritas das Margens do Sena" marcará a reabertura (de 10 de dezembro a 12 de fevereiro), antes das exposições internacionais sobre "A Arte Pré-Histórica no Peru" (abril-julho de 2006) e "Rembrandt, Águas-Fortes" (outubro de 2006-janeiro de 2007).

Especial
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