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27/10/2000 - 12h44

Nova "Bruxa de Blair" chega para assombrar as telas

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da Reuters
em Los Angeles

Como é que um diretor de cinema pode superar um pseudo-documentário chamado "A Bruxa de Blair", feito com US$ 30 mil, que rendeu US$ 250 mil de bilheteria mundial em 1999 e se tornou um fenômeno cultural?

A resposta, segundo Joe Berlinger, diretor de "Book of Shadows: Blair Witch 2", é: nada. Seu filme está sendo lançado nesta sexta-feira em 4.000 cinemas em todo o mundo. No Brasil, chegará no início do ano que vem.

Berlinger rasgou os roteiros baseados em "A Bruxa de Blair" e escreveu um filme de terror no estilo hollywoodiano. Contratou um grupo de atores relativamente desconhecidos e gastou cerca de US$ 10 milhões em locações, figurinos e efeitos especiais.

Não estão presentes em "A Bruxa de Blair 2" as imagens tremidas e granulosas que deixaram enjoado parte do público do filme original. Em seu lugar tem-se uma filmagem de qualidade, algo que fez falta ao projeto original.

"O original gerou um número infinito de paródias em shows como "Saturday Night Live" a comerciais de TV. Se eu tivesse feito meu filme do mesmo jeito, teria sido risível e totalmente sem inspiração", disse Berlinger.

Para quem não viu o primeiro "Bruxa de Blair", que usou a Internet para difundir uma história sobre estudantes de cinema que se aventuram numa floresta em Maryland armados com máquinas fotográficas e câmeras de vídeo para registrar a presença de uma bruxa, segue uma sinopse rápida: eles nunca voltaram para casa.

A única coisa que pôde ser encontrada foram as imagens que gravaram em vídeo, que contam a história de três jovens assustados, com frio e sujos sendo caçados em direção a uma casa abandonada e horrorosa, supostamente o covil da bruxa. Os caçadores se tornaram a caça.

Como a maioria das pessoas já sabe, após as incontáveis matérias de capa sobre o filme em revistas como Time e Newsweek, a história era tão fictícia quanto "O Sexto Sentido", outro filme sobre assombrações que provocou um terremoto nas bilheterias do ano passado.

Mesmo assim, dominou a imaginação do público e virou um evento de mídia em si. Para a sequência, Berlinger optou por contar uma história que aproveita o hype em torno do primeiro filme para comentar a influência da mídia e dos retratos de violência feitos na mídia sobre as pessoas.

De qualquer forma, "Blair Witch 2" é um ótimo suspense.

Um dos novos heróis é um fanático por vídeo doente mental que leva turistas em passeios até o local onde foram encontrados os vídeos de "A Bruxa de Blair" original -ou seja, as ruínas da casa assombrada pela velha bruxa.

Seu grupo mais recente inclui um escritor e sua namorada, que querem desmascarar o mito da bruxa, um neopagão que quer entrar em contato com a feiticeira e uma garota gótica durona à procura de emoções fortes.

Quando chegam no local da casa assombrada, acampam e montam suas câmeras para captar a imagem da bruxa, caso ela apareça durante a noite. Mas, pouco depois, começam a rolar bebida e baseados. Quando eles dão por si, já é manhã e eles acordam em meio a um caos de anotações rasgadas, equipamentos de vídeo destruídos e símbolos satânicos estranhos gravados sobre seus corpos.

Seguem-se uma série de tentativas desesperadas de descobrir o que aconteceu durante a noite e relatos de novos assassinatos na floresta, impelindo o grupo de caça-fantasmas numa espiral descendente de acusações e contra-acusações.

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