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18/12/2005
-
09h16
RONALDO EVANGELISTA
Colaboração para a Folha de S.Paulo
Música e humor já são parceiros antigos. Desde Noel Rosa e Adoniran Barbosa, em canções como "Gago Apaixonado" e "Samba do Arnesto", até toda a razão da existência de bandas como Mamonas Assassinas e Massacration, a música popular brasileira tem um histórico de piadas e tiradas.
Um dos momentos mais extremos da justaposição dos dois elementos (humor e música), somado a influências teatrais e políticas, deu-se com o grupo Língua de Trapo, formado em São Paulo, em 1980, na ativa até hoje e lançando uma caixa comemorativa dos 25 anos, com sua discografia completa -quatro álbuns de estúdio, dois ao vivo, um compacto e um DVD ao vivo.
Misturando música brega, rock tosco, xote, samba, choro, reggae, jovem guarda, música caipira, metal, música italiana e o que mais se pensasse durante os ensaios, o Língua de Trapo surgiu bem no meio de uma cena rica em São Paulo, em que conviviam a vanguarda paulistana e bandas como Titãs e Ultraje a Rigor. O primeiro LP vendeu 25 mil cópias.
"A banda se conheceu em 1979 no curso de jornalismo da Faculdade Cásper Líbero. Então havia um ambiente muito politizado, mas também muito chato", lembra Laert Sarrumor, um dos fundadores do Língua, em um bate-papo com a Folha. "Nós acompanhávamos a política com seriedade, mas gostávamos de uma coisa mais anárquica e avacalhada, Moreira da Silva, Mutantes, Joelho de Porco. Então, a gente era muito politizado, mas não era nada sério. Não dava mesmo pra levar o Maluf a sério."
Realmente, no primeiro álbum do grupo, lançado em 1982, o humor da banda é ácido, trazendo a piada como forma de lançar críticas pesadas (ou simples tiração de sarro) para todos os lados, sem medo de soar grosseiro. Havia comentários pouco bondosos sobre a direita, a esquerda, o centro e todas as posições entre eles.
"Não existe humor a favor. Humor é do contra", diz Carlos Melo, um dos compositores do Língua e membro desde os primeiros anos. "A causa pode ser nobre e a gente pode até concordar, mas vamos zoar mesmo assim."
Língua de Trapo - 25 Anos
Artista: Língua de Trapo
Gravadora: Atração Fonográfica
Quanto: R$ 150, em média
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Língua de Trapo
Caixa compila sucessos do Língua de Trapo
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Colaboração para a Folha de S.Paulo
Música e humor já são parceiros antigos. Desde Noel Rosa e Adoniran Barbosa, em canções como "Gago Apaixonado" e "Samba do Arnesto", até toda a razão da existência de bandas como Mamonas Assassinas e Massacration, a música popular brasileira tem um histórico de piadas e tiradas.
Um dos momentos mais extremos da justaposição dos dois elementos (humor e música), somado a influências teatrais e políticas, deu-se com o grupo Língua de Trapo, formado em São Paulo, em 1980, na ativa até hoje e lançando uma caixa comemorativa dos 25 anos, com sua discografia completa -quatro álbuns de estúdio, dois ao vivo, um compacto e um DVD ao vivo.
Misturando música brega, rock tosco, xote, samba, choro, reggae, jovem guarda, música caipira, metal, música italiana e o que mais se pensasse durante os ensaios, o Língua de Trapo surgiu bem no meio de uma cena rica em São Paulo, em que conviviam a vanguarda paulistana e bandas como Titãs e Ultraje a Rigor. O primeiro LP vendeu 25 mil cópias.
"A banda se conheceu em 1979 no curso de jornalismo da Faculdade Cásper Líbero. Então havia um ambiente muito politizado, mas também muito chato", lembra Laert Sarrumor, um dos fundadores do Língua, em um bate-papo com a Folha. "Nós acompanhávamos a política com seriedade, mas gostávamos de uma coisa mais anárquica e avacalhada, Moreira da Silva, Mutantes, Joelho de Porco. Então, a gente era muito politizado, mas não era nada sério. Não dava mesmo pra levar o Maluf a sério."
Realmente, no primeiro álbum do grupo, lançado em 1982, o humor da banda é ácido, trazendo a piada como forma de lançar críticas pesadas (ou simples tiração de sarro) para todos os lados, sem medo de soar grosseiro. Havia comentários pouco bondosos sobre a direita, a esquerda, o centro e todas as posições entre eles.
"Não existe humor a favor. Humor é do contra", diz Carlos Melo, um dos compositores do Língua e membro desde os primeiros anos. "A causa pode ser nobre e a gente pode até concordar, mas vamos zoar mesmo assim."
Língua de Trapo - 25 Anos
Artista: Língua de Trapo
Gravadora: Atração Fonográfica
Quanto: R$ 150, em média
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