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26/12/2005 - 09h39

Oca terá mostra sobre dinossauros em janeiro

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FABIO CYPRIANO
da Folha de S.Paulo

Dinossauros são tema recorrente da indústria do entretenimento: filmes, desenhos animados, séries de TV. No final do próximo mês, em São Paulo, eles se tornam tema do que promete ser a mostra "blockbuster" de 2006: "Dinos na Oca, e Outros Animais Pré-Históricos". A exposição espera receber mais de 1 milhão de visitantes, segundo os organizadores, GabineteCultura e Grey Social Link, que estimam o custo da mostra em R$ 7 milhões.

Apesar do apelo popular, o evento possui um forte caráter científico. Com 400 peças, a exposição traz pela primeira vez ao país o acervo de Paul C. Sereno, professor de paleontologia da Universidade de Chicago e diretor da Fundação Project Exploration, considerado o "Indiana Jones dos dinossauros" nas palavras do curador da mostra em SP, Luiz Eduardo Anelli. Além das peças de Sereno, a seleção reúne coleções do Brasil e da Argentina.

"É a maior reunião de acervo sobre dinossauros que já houve no Brasil, além de a mostra apresentar peças nunca vistas por aqui e poder revelar ao público comum descobertas recentes sobre o país", conta Anelli.

Do acervo de Sereno, que vem pessoalmente à cidade em fevereiro, serão montados na Oca dois módulos: "Gigantes Africanos" e "Origens". "Os gigantes africanos foram escavados e encontrados pela própria equipe de Sereno no deserto do Saara, que, ao contrário do que se imagina, já foi um bosque verdejante no período Cretáceo", conta o curador.

Nesse módulo estão algumas das maiores ossadas já encontradas --o que se verá aqui são réplicas, mas "isso é o que se vê em qualquer lugar, mesmo no Museu de História Natural de Londres", afirma Anelli. Entre os destaques, está o Afrovenator abakensis, esqueleto mais completo de dino predador já encontrado na África. Carnívoro, seu "corpo" tem nove metros de comprimento.

Outros dinossauros que devem causar sensação são a Jobaria tiguidensis, esqueleto encontrado na Nigéria que chega a 23 metros de comprimento, e o crânio do Carcharodontosaurus saharicus, esse do Marrocos, com 15 metros. No total, a exposição trará cinco dinos de grandes proporções.

No Brasil também foram encontrados dinossauros gigantes do período Cretáceo, como os saurópodes, mas, segundo o curador, "não temos dinheiro para reconstituí-los e nunca foram achados ossos suficientes para tanto".

Num gráfico do tempo, esses dinossauros enormes estão mais próximos da atualidade, o que mesmo assim representa cerca de 100 milhões de anos --um período gigante, se lembrarmos que o homem surgiu há apenas 100 mil anos. De qualquer forma, antes dos gigantes, e aí entra a segunda parte da coleção de Sereno na exposição, estão os dinossauros do Triássico, no módulo "Origens".

Nesse setor estão as réplicas e originais dos primeiros dinossauros do período Triássico, como o Herrerasaurus, encontrado na Argentina, em 1988, que estará na mostra com o crânio original e é uma das preciosidades a serem vistas. "Ele traz à luz a origem dos animais, que surgiram bípedes e carnívoros", conta Anelli.

Do Brasil, há 12 dinossauros conhecidos, mas incompletos. Com isso, o destaque fica por conta dos crocodilos, que em tamanho rivalizam com os dinos. Serão vistos ainda pterossauros, fósseis de peixes e mamíferos, entre outros.

Idealizador da mostra, o produtor Emilio Kalil, do GabineteCultura, iria trazer dinossauros da China, onde há a maior reunião de ossadas, mas, ao conhecer Sereno, mudou de idéia. "Ele é o grande especialista dos dinossauros, a vinda dele ao Brasil é como a visita do papa." Certamente, a mostra irá levar muitos peregrinos à Oca.

Dinos na Oca, e Outros Animais Pré-Históricos
Quando: abertura dia 28/1 (a confirmar), de seg. a dom., das 9h às 21h; até 30/4
Onde: Oca (parque Ibirapuera, s/nº, portão 2)
Quanto: preço a definir

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