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29/12/2005 - 10h57

Cerimônia do Oscar ainda não tem apresentador

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ROCIO AYUSO
da Efe, em Los Angeles

Procura-se apresentador para a cerimônia do Oscar e não é necessário experiência. Funções: superar a fama de Billy Crystal e as críticas de Chris Rock, agora que ambos deixaram de vez o cargo, um dos mais cobiçados de Hollywood.

Ainda faltam mais de dois meses para que a Academia de Artes e Ciências de Hollywood vista suas melhores roupas para a entrega, em 5 de março, da 78ª edição do Oscar.

Normalmente, a esta altura já se costuma saber quem será o mestre de cerimônias.

O veterano produtor da festa, Gil Cates, diz que a procura vai "realmente bem", mas continua sem divulgar um nome.

O único fato são as recusas de Crystal e Rock de repetir um dos trabalhos mais difíceis da indústria cinematográfica.

A recusa de Crystal era esperada. O humorista americano ocupou o cargo oito vezes desde 1990 para dar boas-vindas a candidatos e convidados na noite do cinema.

Nesse tempo, o ator foi o apresentador mais admirado, graças a seus monólogos cantados em que parodiava os cinco candidatos ao melhor filme, um clássico do Oscar que só superou em fama o mítico apresentador de televisão Johnny Carson.

Mesmo assim, o intérprete de "Máfia no Divã" e "Harry e Sally - Feitos um para o Outro", que nunca recebeu seu próprio Oscar, disse não desta vez.

A justificativa de Crystal foi de que tem muitos compromissos, incluindo um livro autobiográfico, um filme ("Have a Nice Day") como diretor e um monólogo teatral ("700 Sundays", que encerra em Beverly Hills apenas duas semanas antes dos Oscar.

Já Rock não deu tantas desculpas. Nem está claro que a indústria e o público o queiram de novo.

"Rock nunca quis fazer este trabalho pra sempre", disse o porta-voz do humorista, Matt Labov. A Academia contratou Rock em sua 77ª edição para aumentar o público e dar novos ares à cerimônia.

O humorista freou a queda de audiência, mas deixou muitas pessoas indignadas com seus ataques a algumas estrelas de Hollywood.

Com a recusa dos dois apresentadores, o campo está aberto para voluntários, sugestões e apostas. Os menos cogitados são os mais prováveis, como os apresentadores de televisão Jay Leno ou Conan O'Brien como mestre de cerimônias.

Esses são os dados fornecidos pela casa de apostas BetCris Sportsbook, onde tanto Leno como O'Brien são cotados a três contra um.

Outros candidatos na lista são Whoopi Goldberg e Steve Martin, que apresentaram a festa quatro vezes, a primeira, e duas vezes, o segundo.

Robin Williams, Jamie Foxx e Ellen Degeneres são outras sugestões, onde a mais improvável de todas, para não dizer impossível, é Paris Hilton.

A possibilidade de que a neta do magnata do setor hoteleiro, conhecida por sua escandalosa vida sexual e sua frenética atividade em todo tipo de festa, apresente o Oscar pagará US$ 100 por cada dólar apostado caso Paris seja escolhida.

A falta de um mestre de cerimônias também preocupa os meios de comunicação.

Na internet, cada blog aponta seu ator preferido, de Bette Midler a Billy Bob Thorton, passando por Alan Rickman, William Shatner ou um personagem gerado por computador.

Na televisão, atores como Nathan Lane chegaram a fazer o que o crítico Jeffrey Wells define como "uma prova de rodagem" para o papel de apresentador.

Em cada uma de suas entrevistas para promover "Os Produtores", Lane se esqueceu do filme, mais interessado em mostrar que é capaz de satirizar os possíveis candidatos do ano com números musicais improvisados sobre "O segredo de Brokeback Mountain", próprios de um mestre de cerimônias do Oscar.

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