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30/12/2005
-
09h27
SÉRGIO RIZZO
do Guia da Folha
Existem filmes para fazer brilhar o trabalho do diretor, outros que jogam luzes sobre os atores e alguns, como os escritos por Charlie Kaufman ("Quero Ser John Malkovich", "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças"), voltados para que o roteirista mostre serviço. "A Passagem" pertence à terceira categoria, embora não lhe faltem requisitos para se filiar às duas primeiras. O ponto forte, no entanto, é a "história" --o que serve de alerta para a dificuldade de acompanhá-la.
É um suspense, como se percebe de início, e talvez com elementos sobrenaturais, algo sob a sombra da dúvida o tempo todo. O protagonista é um jovem (Ryan Gosling, de "Diário de uma Paixão") que passa por tratamento psiquiátrico. Seu comportamento estranho se agrava quando um psiquiatra e professor universitário (Ewan McGregor, de "Star Wars") assume o caso e não parece disposto a entrar no jogo do paciente, até notar que, mesmo sem querer, já faz parte de algum jogo, só não sabe qual.
A mulher do psiquiatra (Naomi Watts, de "King Kong"), também ela professora, entra na trama de forma secundária, mas ganha importância à medida que os fios vão se amarrando em torno de tentativas de suicídio e de circunstâncias mal explicadas envolvendo vivos e mortos. O cenário é Nova York --não a cidade dos cartões postais, e sim um ambiente de pesadelo, onde nem mesmo as condições climáticas correspondem ao que se espera delas.
Enquanto o argumento do jovem roteirista David Benioff ("A Última Hora", "Tróia") lança pistas que só adquirem sentido vistas em conjunto, bem mais à frente, o diretor Marc Forster ("A Última Ceia", "Em Busca da Terra do Nunca") joga ainda mais areia nos olhos do público, ao usar ângulos inusitados e cortes inesperados. Das duas, uma: ou o espectador encara a explicação final com o prazer da descoberta, ou se pergunta o que fez sentado na poltrona até ali.
Especial
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do Guia da Folha
Existem filmes para fazer brilhar o trabalho do diretor, outros que jogam luzes sobre os atores e alguns, como os escritos por Charlie Kaufman ("Quero Ser John Malkovich", "Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças"), voltados para que o roteirista mostre serviço. "A Passagem" pertence à terceira categoria, embora não lhe faltem requisitos para se filiar às duas primeiras. O ponto forte, no entanto, é a "história" --o que serve de alerta para a dificuldade de acompanhá-la.
É um suspense, como se percebe de início, e talvez com elementos sobrenaturais, algo sob a sombra da dúvida o tempo todo. O protagonista é um jovem (Ryan Gosling, de "Diário de uma Paixão") que passa por tratamento psiquiátrico. Seu comportamento estranho se agrava quando um psiquiatra e professor universitário (Ewan McGregor, de "Star Wars") assume o caso e não parece disposto a entrar no jogo do paciente, até notar que, mesmo sem querer, já faz parte de algum jogo, só não sabe qual.
A mulher do psiquiatra (Naomi Watts, de "King Kong"), também ela professora, entra na trama de forma secundária, mas ganha importância à medida que os fios vão se amarrando em torno de tentativas de suicídio e de circunstâncias mal explicadas envolvendo vivos e mortos. O cenário é Nova York --não a cidade dos cartões postais, e sim um ambiente de pesadelo, onde nem mesmo as condições climáticas correspondem ao que se espera delas.
Enquanto o argumento do jovem roteirista David Benioff ("A Última Hora", "Tróia") lança pistas que só adquirem sentido vistas em conjunto, bem mais à frente, o diretor Marc Forster ("A Última Ceia", "Em Busca da Terra do Nunca") joga ainda mais areia nos olhos do público, ao usar ângulos inusitados e cortes inesperados. Das duas, uma: ou o espectador encara a explicação final com o prazer da descoberta, ou se pergunta o que fez sentado na poltrona até ali.
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