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27/10/2000 - 19h16

Rodrigo Santoro fez laboratório em manicômios e nas ruas de SP

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da Folha Online

Acostumado a fazer papel de galã nas novelas globais, Rodrigo Santoro mostrou que pode muito mais. Surpreendeu com sua atuação no filme "Bicho de 7 Cabeças", no qual faz o personagem Neto, um adolescente rebelde que é internado num manicômio pelo próprio pai e vive a verdadeira loucura.

O ator entrou de cabeça no personagem e recorreu a laboratórios de criação, frequentando hospitais psiquiátricos e as ruas de São Paulo. De um lado estudou os costumes e presenciou a vida dos pacientes dessas instituições. Do outro, conviveu com jovens "rebeldes", grafiteiros, pichadores que se unem para formar tribos.

Rogério Cassimiro
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O ator Rodrigo Santoro
"Estive no meio de deficientes mentais verdadeiros, fiquei com eles, dormi com eles. A grande preocupação foi sobre como abordaria a loucura para não cair na mesmice exacerbada, exagerada e errada. Eles são seres humanos que possuem sentimentos. Ali existem pessoas que não possuem distúrbios mentais, pelo contrário, são tão inteligentes que foram excluídos pela sociedade", afirmou.

Santoro disse que se revoltou com a situação em que vivem os pacientes, principalmente pelo sistema utilizado. "Eu vi como é o trato, como tudo aquilo não ajuda em nada. É apenas um asilo para guardar aquelas pessoas", disse.

O protagonista de "Bicho de 7 Cabeças" disse ainda que precisou deixar todos os seus valores de lado para conseguir fazer o personagem e para sustentá-lo recuperou uma série de costumes adolescentes. "Sou de Petrópolis (RJ), uma cidade pequena, por isso vim para São Paulo um mês antes da filmagem para me juntar aos grafiteiros. Fui muito bem recebido pois não me portei como ator. Fazia parte da tribo e hoje considero alguns deles amigos."

(Débora Pratali)

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