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02/01/2006 - 10h22

Vocalista do Linkin Park se rende ao rap

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LEANDRO FORTINO
da Folha de S.Paulo

O planeta rock treme. Um dos grupos mais queridos do mundo, a banda americana de rap metal Linkin Park, pode estar com os dias contados. Nada é confirmado, mas os seguintes indícios mostram que a possibilidade existe.

O fato mais evidente responde pelo nome Fort Minor, o projeto de hip hop do vocalista Mike Shinoda, responsável pelas partes de rap do Linkin Park. Mike é também o verdadeiro mentor da banda que lotou o estádio do Morumbi, em uma apresentação única no Brasil, em setembro de 2004, e que vendeu mais de 30 milhões de discos.

É no computador dele que estão as música que foram escritas durante a última turnê, provavelmente compostas para um novo CD. Ou seja, se ele mudar de idéia e resolver se dedicar unicamente ao hip hop, o Linkin Park poderá virar pó. Não que "The Rising Tied", disco de estréia do Fort Minor, seja um bom exemplar do gênero. Não é. Trata-se de rap branco que lembra o feito por grupos dos anos 90, como o House of Pain, mas já sem frescor.

Esse mesmo cheiro de armário fechado não é novidade nos projetos de Shinoda. Ele também exala dos dois discos de rap metal do Linkin Park ou o do mash-up "Collision Course", megasucesso feito em parceria com o rapper Jay-Z, que também produziu o álbum "The Rising Tied".

Em entrevistas, Mike diz que o Linkin Park vai bem e que lança disco novo até o final do ano. Afirma também que o Fort Minor é um grupo paralelo --mas certamente ele espera a sua turnê começar para revelar o futuro.

Outras pistas ainda podem mostrar um caminho sem volta para o fim. Se Mike Shinoda ficar na banda, como seria o grupo sem o seu outro vocalista, Chester Bennignton?

O vocal berrado dele já é marca registrada da banda, que dificilmente sobreviveria sem esses gritos. Acontece que Chester se prepara para lançar seu novo projeto, no qual assume o vocal do trio de rock Snow White Tan. As gravações terminaram no final do ano passado, o disco está previsto para ser lançado ainda no primeiro semestre deste ano e uma turnê também está prometida.

E ainda há uma última ameaça rondando o céu do Linkin Park. O DJ da banda, Joseph Hahn, pode ter descoberto um talento que vai além de dois toca-discos. Ele acabou de dirigir um curta-metragem.

"The Seed" (a semente) conta a história de um veterano de guerra esquizofrênico que vaga pelas nas ruas de Los Angeles e tenta controlar a loucura. O filme tem estréia prevista no Sundance Film Festival, um dos eventos mais importantes do cinema independente americano.

O DJ e agora diretor tem ainda engatilhados dois roteiros de longas-metragens, intitulados "King Rat" e "Kung Fu High School", que deverão tomar toda a dedicação dele por um bom tempo.

É claro que as carreiras paralelas desses três integrantes podem ser grandes fracassos e a única salvação será a volta para o Linkin Park. Mas eles podem se tornar bem-sucedidos, não há como negar.

A história do pop mostra exemplos: John Lennon saiu em carreira solo antes de os Beatles terminarem; quando lançou um disco sozinha, Beyoncé disse que o seu grupo, Destiny's Child, nunca acabaria; Axl prepara há mais de dez anos um disco do Guns N'Roses; Damon Albarn desfez o Blur e hoje se dedica somente ao projeto Gorillaz... Sinais de que o fim está próximo não faltam.

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