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09/01/2006 - 10h31

Filme eleva auto-estima nacional, diz Thiago Lacerda

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SILVANA ARANTES
da Folha de S.Paulo

Rocha, Marcos Rocha. O agente secreto interpretado por Thiago Lacerda no filme "Segurança Nacional" é "um herói desses que a gente cresce assistindo", afirma o ator brasileiro.

Lacerda, 27, confessa ter tido o "sonho de garoto" de ser 007, o mais charmoso agente do cinema, a serviço da majestade britânica. Mas não foi só a chance de brincar de James Bond que atraiu Lacerda para o filme do cineasta Roberto Carminatti. O ator julga "importante jogar a auto-estima do brasileiro para cima".

"Segurança Nacional" pode atingir esse objetivo, supõe o ator, "ao mostrar que a gente tem um país capaz inclusive de exportar tecnologia de segurança para o mundo". Lacerda acredita que, num "país de paradoxos como o Brasil --maravilhoso em muitos aspectos, e de mazelas terríveis em outros", é preciso "contar os dois lados da história". Ou seja, não apenas o das "mazelas terríveis" ao qual o cinema nacional se dedica com mais freqüência.

Porém, até mesmo para o ator, que concorda com "a perspectiva que o diretor gostaria de lançar sobre a inteligência do Brasil", a existência de um agente como Marcos Rocha parecia duvidosa.

"A gente imagina esses caras de identidade secreta, que se infiltram em lugares, atrás de informações valiosíssimas e pensa: será que existem brasileiros assim?", diz Lacerda. "Eu de fato conheci essas pessoas", afirma. Um estágio do ator com agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) foi uma das etapas da produção de "Segurança Nacional".

Lacerda e Carminatti se conheceram durante as gravações da novela "América" (TV Globo, 2005), em que o ator interpretava Alex, um coiote (agenciador de travessias de imigrantes ilegais para os Estados Unidos).

É sobre a imigração ilegal de brasileiros para os EUA o primeiro longa de Carminatti, "Fronteira" (2003), usado como material de pesquisa pelo elenco da novela, para quem o diretor foi convidado a fazer palestra.

Vilania mexicana

Para interpretar o traficante Hector Gasca, o cineasta convidou o ator mexicano Joaquín Cosio, 43. No filme, a nacionalidade do vilão não é mencionada, embora Gasca seja inspirado no traficante colombiano Pablo Escobar (1949-93), que liderou o temível Cartel de Medellín.

"Não estabeleço a identidade dele para que não digam que todo colombiano é associado à cocaína", diz o diretor. Cosio conta como chegou ao filme: "Um amigo mandou minha fotografia e currículo para Carminatti, e ele gostou. Quem vê o meu rosto entende. Tenho cara de mau mesmo".

O ator afirma que "os vilões também têm seu grau de complexidade" e acha "esplêndida" a chance de trabalhar no Brasil. "Estou fascinado pelo país", diz. Neste mês, Cosio volta ao México para atuar num filme para a TV. "É a história de uma família que vê seus filhos irem para os EUA", conta. O enredo de "América" povoa a realidade e a ficção também do lado de cima do Equador.

O presidente da República em "Segurança Nacional" é Ernesto --como o general Geisel (1974-79), da abertura "lenta, gradual e segura"-- Dantas. Na pele de Dantas está o ator negro Milton Gonçalves. Carminatti diz que o convite a Gonçalves não se relaciona a critérios raciais. "Escolhi o Milton porque o acho um grande ator. Na minha cabeça, não há mais essa coisa de negro ou branco."

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