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13/01/2006 - 11h08

Fashion Rio tem nostalgia e bom-gosto no 3º dia

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ALCINO LEITE NETO
VIVIAN WHITEMAN
da Folha de S.Paulo, no Rio

Uma onda de bom-gosto, nostalgia e feminilidade chique tomou conta do terceiro dia do Fashion Rio, sufocando muitas vezes a ousadia e a novidade. Tessuti, Mara Mac e Drosófila mostraram as melhores coleções, com confecção sofisticada, acabamento apurado e moldagens consagradas, sem grandes riscos. O preto firmou-se como sinônimo da elegância sóbria e certa para o outono/inverno, ao lado do bege. Mas o marrom, o grafite e o branco também fizeram aparições fortes.

Faltou, porém, um esforço maior de originalidade nas coleções, que fizeram referências literais aos desfiles da última temporada européia. Babados, botinhas de salto e saias rabo de peixe de Givenchy; rufos, vestidos brancos artesanais e volumes de Stefano Pilatti para Yves Saint Laurent; a silhueta neominimalista da Prada --tudo isso estava lá.

A Drosófila se destacou com seus volumes que faziam alusões esportivas à moda dos anos 80 e imprimiram um toque singular à apresentação. O vestido-balão, com punho na barra, a calça legging usada com um jaquetão amplo, os vestidos "fofos" combinados com simpáticos casaquetes e os bordados delicados foram outros bons achados. A cartela de cores, apesar de enxuta, cumpriu seu papel e foi do off white ao azul escuríssimo.

A Tessuti, que mostrou sua coleção no Copacabana Palace, mergulhou fundo no saudosismo e no imaginário da ultrafeminilidade. As imagens mais fortes foram a do vestido creme com rabo de peixe bordado em preto e a da modelo Tamara, que, ao escorregar de seu salto, tirou os sapatos e desfilou descalça com seu smoking feminino, lembrando Marlene Dietrich em seus momentos de androginia chique.

Com um cenário que fazia referência ao filme "Metrópolis", clássico de Fritz Lang, a Mara Mac mostrou silhuetas trazidas dos anos 20 misturadas a um futurismo retrô e foi a única grife a apostar em uma cintura deslocada para baixo. Nos demais desfiles, reinou a cintura alta, marcada por cintos, faixas e obis orientais.Graça Ottoni mostrou boas peças de alfaiataria e foi feliz nas sedas retorcidas aplicadas sobre seda de algodão. Layana Thomas fez um desfile competente e bonito, encontrando leveza nas vestes sisudas das mulheres vietnamitas.

A TNG fechou a noite com o "momento Raica", marcado pela expectativa da presença do jogador Ronaldo no desfile de sua namorada. Mas ele acabou não aparecendo. Na passarela, a onda "Flashdance", recentemente reacendida pela diva Madonna, apareceu em shortinhos, leggings de lycra e polainas estilizadas. Os vestidos longos, mais sofisticados, com paetês, não fariam falta nenhuma. Já os jeans, que apareceram em cintura alta e franzidos, poderiam ter mais espaço.

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