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30/01/2006 - 16h52

Cotados para o Oscar fazem contagem regressiva

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da France Presse, de Los Angeles

Cineastas independentes, atores de alto e baixo perfil e os responsáveis por filmes de diferentes roteiros contam as horas nesta segunda-feira, esperando serem anunciados pela atriz Mira Sorvino como indicados ao Oscar, o prêmio máximo da indústria de Hollywood, que já tem em "O Segredo de Brokeback Mountain" o grande favorito.

O filme que está na boca de todo mundo e que conta uma história de amor entre dois caubóis chega às indicações do Oscar ainda mais fortalecido porque seu diretor, o taiwanês Ang Lee, foi eleito no sábado o melhor diretor pelo influente sindicato de cineastas de Hollywood.

Lee, 51, repetiu a façanha de duas semanas atrás no Globo de Ouro, onde o conto homossexual carregado com as tintas universais de qualquer romance impossível somou quatro das cobiçadas esculturas a seus mais de dez prêmios concedidos por vários sindicatos da indústria cinematográfica.

As outras produções que devem ter lugar em algumas das 24 categorias são "Boa Noite e Boa Sorte", "Crash - No Limite", "Capote" e "Johny e June", embora nada esteja certo até que Mira Sorvino anuncie às 5h30 locais de terça-feira (11h30 de Brasília), em Beverly Hills, a sorte lançada por quase 6.000 membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Hollywood.

Depois, será preciso esperar até 5 de março para ver quem ficará com as estatuetas na 78ª edição do Oscar, na qual as superproduções dos grandes estúdios de Hollywood estarão bastante marginalizadas --segundo prevêem os especialistas, sua competição se limitará ao campo técnico: som, efeitos especiais, maquiagem etc.

Ao contrário desses, segundo aposta de Tom O'Neil, especialista em prêmios de Hollywood e colunista do site especializado TheEnvelope.com, "O Segredo de Brokeback Mountain" poderá receber até dez indicações.

Para O'Neil, o amor secreto nas montanhas do Wyoming disputaria os prêmios de melhor filme, diretor para Ang Lee, ator para Heath Ledger, ator coadjuvante para Jake Gyllenhaal, atriz coadjuvante para Michelle Williams (mulher de Ledger na vida real) e trilha sonora para o argentino Gustavo Santaolalla, que já ganhou o Globo de Ouro de melhor canção.

O filme também estaria na disputa nas categorias roteiro, montagem, direção de arte e fotografia, afirmou o especialista, em conversa com a France Presse.

Neste ano, Lee desbancou Steven Spielberg, três vezes ganhador dos prêmios da DGA (Associação dos Diretores dos Estados Unidos), que havia sido indicado pelo sindicato por seu filme, "Munique", assim como George Clooney por "Boa Noite e Boa Sorte", Paul Haggis por "Crash - No Limite" e Bennett Miller por "Capote".

Bom sinal

Ainda que seja um bom sinal para o Oscar --51 dos 57 ganhadores destes prêmios ganharam os prêmios da Academia em seguida-- sempre existe a exceção à regra. Esta foi quebrada pelo próprio Lee, em 2000, quando ganhou o prêmio da DGA por "O Tigre e o Dragão", mas não levou a estatueta, que foi para Steven Soderbergh, por "Traffic".

Por enquanto, o Sindicato de Atores Americanos (SAG) surpreendeu neste domingo, ao ignorar o favoritismo de "Brokeback Mountain" e atribuir o prêmio de melhor filme a "Crash - No Limite". Seja como for, neste ano a homossexualidade está presente nas fitas favoritas para o duelo 2006, com "Capote", um retrato magistral do escritor americano Truman Capote, interpretado por Philip Seymour Hoffman, e "Transamerica", aclamado sobretudo pela atuação de Felicity Huffman na pele de um transexual. Ambos levaram o Globo de Ouro por seus respectivos papéis.

Entre os filmes de tom político, destaca-se "Boa Noite e Boa Sorte", dirigido e produzido pelo astro George Clooney, que também atua no longa, embora não no papel principal. O filme conta a história do jornalista de TV Ed Murrow, que enfrentou o senador Joseph McCarthy, responsável por uma ferrenha campanha anticomunista.

O thriller político "Syriana" pode render outra indicação para Clooney como ator coadjuvante, categoria em que foi vencedor no Globo de Ouro. Baseado nas memórias de um ex-agente da CIA, o filme fala da indústria petroleira e suas implicações na política global, economia e sociedade.

Outro que provavelmente estará entre os indicados é "Crash - no Limite", filme independente sobre as tensões raciais em Los Angeles, numa trama que rendeu aclamação ao ator Matt Dillon.

Só "Johny e June", de James Mangold, aparece como a proposta com mais cara de Hollywood, com atuações impecáveis para contar a história da lenda musical Johnny Cash, consagrado com três Globos de Ouro na categoria musical ou comédia: melhor ator para Joaquin Phoenix, melhor atriz para Reese Witherspoon e melhor musical.

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