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03/02/2006
-
09h15
RICARDO FELTRIN
Editor-chefe da Folha Online
Entre 1950 e 1956 os Estados Unidos viveram um de seus períodos mais esquizofrênicos. Enquanto o país nadava na prosperidade econômica do pós-guerra, a paranóia com o comunismo carcomia Washington. O país que havia dado ao mundo o exemplo da democracia, da liberdade e da Primeira Emenda agora tentava calar e prender todo e qualquer cidadão que se atrevesse a simpatizar com o socialismo e a cartilha de Karl Marx (1818-1883).
Foi o período em que reinou no império o "Terror Vermelho". Sua majestade se chamava Joseph McCarthy, um senador vira-casaca que trocou o partido Democrata pelo Republicano, e que se tornou símbolo dessa nova caça às bruxas por parte do governo dos EUA.
Durante anos, ninguém se atreveu a a questionar os métodos agressivos e hipócritas de McCarthy (1908-1957) e seus fâmulos. Até que um grupo de jornalistas corajosos da rede de TV CBS, liderados pelo âncora Edward R. Murrow (1908-1965), decidiu contra-atacar.
A fascinante história desse embate é o tema do excelente filme "Boa Noite e Boa Sorte", que estréia nesta sexta no Brasil e concorre às estatuetas de: Filme, Diretor (George Clooney, surpreendentemente seguro), Ator (David Strathairn, como Murrow), Roteiro Original, Fotografia e Direção de Arte.
O resultado da batalha CBS x McCarthy, como todos sabem, foi a derrota do senador falastrão. A verdade é que, vitória jornalística à parte, isso não mudou em nada o rumo da Guerra Fria. A crise Capitalismo x Comunismo não só ficou mais tortuosa como quase terminou em troca mútua de bombas nucleares na década seguinte, na crise de Cuba.
Mas o trabalho corajoso dos jornalistas serviu para tranqüilizar o espírito do norte-americano comum. Ao menos dentro de casa.
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"Boa Noite e Boa Sorte" fala sobre esquizofrenia dos EUA no pós-Guerra
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Editor-chefe da Folha Online
Entre 1950 e 1956 os Estados Unidos viveram um de seus períodos mais esquizofrênicos. Enquanto o país nadava na prosperidade econômica do pós-guerra, a paranóia com o comunismo carcomia Washington. O país que havia dado ao mundo o exemplo da democracia, da liberdade e da Primeira Emenda agora tentava calar e prender todo e qualquer cidadão que se atrevesse a simpatizar com o socialismo e a cartilha de Karl Marx (1818-1883).
Foi o período em que reinou no império o "Terror Vermelho". Sua majestade se chamava Joseph McCarthy, um senador vira-casaca que trocou o partido Democrata pelo Republicano, e que se tornou símbolo dessa nova caça às bruxas por parte do governo dos EUA.
Durante anos, ninguém se atreveu a a questionar os métodos agressivos e hipócritas de McCarthy (1908-1957) e seus fâmulos. Até que um grupo de jornalistas corajosos da rede de TV CBS, liderados pelo âncora Edward R. Murrow (1908-1965), decidiu contra-atacar.
A fascinante história desse embate é o tema do excelente filme "Boa Noite e Boa Sorte", que estréia nesta sexta no Brasil e concorre às estatuetas de: Filme, Diretor (George Clooney, surpreendentemente seguro), Ator (David Strathairn, como Murrow), Roteiro Original, Fotografia e Direção de Arte.
O resultado da batalha CBS x McCarthy, como todos sabem, foi a derrota do senador falastrão. A verdade é que, vitória jornalística à parte, isso não mudou em nada o rumo da Guerra Fria. A crise Capitalismo x Comunismo não só ficou mais tortuosa como quase terminou em troca mútua de bombas nucleares na década seguinte, na crise de Cuba.
Mas o trabalho corajoso dos jornalistas serviu para tranqüilizar o espírito do norte-americano comum. Ao menos dentro de casa.
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