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14/02/2006
-
12h22
da Efe, em Berlim
"V de Vingança", o filme de James McTeigue inspirado na história em quadrinhos e com referências a atentados terroristas, foi apresentado na segunda-feira no Festival de Berlim cercado pela polêmica sobre sua suposta justificativa do terrorismo como forma de combate a ditaduras.
"Eu não vou dizer às pessoas como devem ver meu filme. Espero que muitos o vejam como entretenimento, mas certamente há também um pouco de polêmica que espero que gere discussão", disse o diretor.
O filme, com roteiro dos irmãos Andy e Larry Wachowski --de "Matrix"-- baseado em uma história em quadrinhos dos anos 80 de Alan Moore, apresenta um justiceiro mascarado com limites confusos entre Robin Hood e Zorro, e com inspirações anarquistas.
O mascarado, identificado como V, ameaça explodir o Parlamento britânico e anuncia ao povo que se lembrem de 5 de novembro. Com o aviso, V inicia seu plano e deixa um rastro de mortes.
Sem traços de vilão, mas como um herói romântico que mantém o rosto oculto, o vingador se envolve com a jovem Evey, a quem tenta convencer da legitimidade de sua luta.
O objetivo é eliminar o ditador que impôs ao Reino Unido um regime ditatorial que elimina estrangeiros, homossexuais e seus opositores em campos de concentração. O próprio V, que foi vítima de experiências desse governo, chama o povo à mobilização contra a ditadura.
"O tema está aí e os paralelismos também, mas o filme estava pronto antes das bombas no metrô de Londres [em julho de 2005] e a história em quadrinhos é anterior ao 11 de Setembro [em 2001]", disse McTeigue após a exibição do filme na seleção oficial fora da competição.
Portman, que reapareceu com os cabelos curtos depois de ficar careca para filmar "V de Vingança", referiu-se à sua origem israelense para dar sua opinião sobre a violência: "Em meu país é o tema de cada dia. É interessante que o coloquem no cinema".
John Hurt, intérprete do ditador britânico, evitou a pergunta de se seu personagem foi inspirado em Hitler, na ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher ou no presidente americano, George W. Bush, e disse que era simplesmente um "líder fascista", tirado de uma história em quadrinhos, e por isso com um tratamento plano, não tridimensional, como um político real.
A exibição de "V de Vingança" em Berlim deu a oportunidade de ver o que o filme esconde: o rosto de Hugo Weaving, que teve a difícil missão de encher de expressão a rígida máscara branca com um sorriso sarcástico.
"Minha tarefa consistia em transmitir uma idéia, não um rosto. Meu instrumento foi a voz e nela concentrei minha interpretação", disse, ao acrescentar que aceitou sem pestanejar o trabalhoso papel de protagonizar um filme com o rosto sob a máscara.
Especial
Leia o que já foi publicado sobre o Festival de Berlim
Berlim assiste a "V de Vingança", com Wachowski
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"V de Vingança", o filme de James McTeigue inspirado na história em quadrinhos e com referências a atentados terroristas, foi apresentado na segunda-feira no Festival de Berlim cercado pela polêmica sobre sua suposta justificativa do terrorismo como forma de combate a ditaduras.
"Eu não vou dizer às pessoas como devem ver meu filme. Espero que muitos o vejam como entretenimento, mas certamente há também um pouco de polêmica que espero que gere discussão", disse o diretor.
O filme, com roteiro dos irmãos Andy e Larry Wachowski --de "Matrix"-- baseado em uma história em quadrinhos dos anos 80 de Alan Moore, apresenta um justiceiro mascarado com limites confusos entre Robin Hood e Zorro, e com inspirações anarquistas.
O mascarado, identificado como V, ameaça explodir o Parlamento britânico e anuncia ao povo que se lembrem de 5 de novembro. Com o aviso, V inicia seu plano e deixa um rastro de mortes.
Sem traços de vilão, mas como um herói romântico que mantém o rosto oculto, o vingador se envolve com a jovem Evey, a quem tenta convencer da legitimidade de sua luta.
O objetivo é eliminar o ditador que impôs ao Reino Unido um regime ditatorial que elimina estrangeiros, homossexuais e seus opositores em campos de concentração. O próprio V, que foi vítima de experiências desse governo, chama o povo à mobilização contra a ditadura.
"O tema está aí e os paralelismos também, mas o filme estava pronto antes das bombas no metrô de Londres [em julho de 2005] e a história em quadrinhos é anterior ao 11 de Setembro [em 2001]", disse McTeigue após a exibição do filme na seleção oficial fora da competição.
Portman, que reapareceu com os cabelos curtos depois de ficar careca para filmar "V de Vingança", referiu-se à sua origem israelense para dar sua opinião sobre a violência: "Em meu país é o tema de cada dia. É interessante que o coloquem no cinema".
John Hurt, intérprete do ditador britânico, evitou a pergunta de se seu personagem foi inspirado em Hitler, na ex-primeira-ministra britânica Margaret Thatcher ou no presidente americano, George W. Bush, e disse que era simplesmente um "líder fascista", tirado de uma história em quadrinhos, e por isso com um tratamento plano, não tridimensional, como um político real.
A exibição de "V de Vingança" em Berlim deu a oportunidade de ver o que o filme esconde: o rosto de Hugo Weaving, que teve a difícil missão de encher de expressão a rígida máscara branca com um sorriso sarcástico.
"Minha tarefa consistia em transmitir uma idéia, não um rosto. Meu instrumento foi a voz e nela concentrei minha interpretação", disse, ao acrescentar que aceitou sem pestanejar o trabalhoso papel de protagonizar um filme com o rosto sob a máscara.
Especial
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