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16/06/2009 - 08h25

Cumbia chega ao país com mistura eletrônica

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THIAGO NEY
da Folha de S.Paulo

A cumbia está para Buenos Aires como o funk carioca está para o Rio de Janeiro. A comparação é um bom ponto de partida para tentar entender esse tradicional ritmo dançante latino-americano que começa a ser difundido pelo Brasil. Um dos primeiros embaixadores da cumbia no Brasil foi o atacante argentino Tevez, que em 2005 comemorava seus gols no Corinthians com os característicos passos da dança.

Divulgação
Músico se apresenta durante festa de cumbia em Buenos Aires
Músico se apresenta durante festa de cumbia em Buenos Aires, Argentina

Como muitos jovens saídos das regiões pobres da capital argentina, Tevez tornou-se fã do gênero --é, inclusive, integrante de um grupo musical que interpreta canções típicas. Se o funk carioca saiu das favelas do Rio para ganhar clubes da zona sul, a cumbia partiu da periferia da capital argentina para ser ouvida em bairros nobres de Buenos Aires.

Para fazer essa viagem às novas pistas de dança, a cumbia ganhou acompanhamento de ritmos eletrônicos como electro, rap e até do "primo" funk carioca. Um dos principais representantes dessa "nova cumbia" são o trio Zizek e o duo Fauna --este último se apresenta nesta terça-feira (16) em São Paulo, acompanhado de Villa Diamante, um dos integrantes do Zizek.

"A cumbia é um ritmo muito popular na Argentina, ouvida principalmente por pessoas mais pobres. Há preconceito. Muita gente de classe média tem vergonha de dizer que escuta cumbia", conta Diego Bulacio, 29, o Villa Diamante. Bulacio formou o Zizek (nome em homenagem ao filósofo esloveno Slavoj Zizek) em outubro de 2006 com dois amigos: DJ Nim e Grant C. Dull.

Desde o ano passado, o trio vem ultrapassando as fronteiras latino-americanas: já tocaram no festival Coachella (EUA), México, Europa e estão escalados para o Roskilde (evento dinamarquês que ocorre em julho). O trio tem como marca misturar a cumbia com funk carioca e electro. "Em Buenos Aires, quando criamos o Zizek, os clubes eram temáticos: tocavam rock, tecno ou cumbia, sempre apenas um desses ritmos.

Com o Zizek, queremos um espírito livre, em que vamos da cumbia para o hip hop, reggaeton, dubstep, funk carioca", diz. Bulacio aprova as comparações com o funk carioca: "Já convidamos [para tocar em Buenos Aires] gente como [a cantora] Deize Tigrona. Os dois ritmos são parentes, pois são bem dançantes. O funk faz você pular, enquanto a cumbia é apropriada para dançar de forma mais lenta. E ambos têm raízes nos bairros pobres. Sempre dizemos que a cumbia é o funk carioca de Buenos Aires --e vice-versa."

Para conhecer a nova cumbia, vá ao www.zzkclub.com/.

CHA CHA CHA
Onde: Vegas (r. Augusta, 765, São Paulo; tel. 0/xx/11/3231-3705)
Quando: hoje, a partir das 23h30
Quanto: de R$ 15 a R$ 20
Classificação: 18 anos

 

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