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22/02/2006 - 15h01

Dicionário completa 100 bandas e dá "fórmula"

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DIÓGENES MUNIZ
da Folha Online

O dicionário de bandas estrangeiras da Folha Online, iniciado no último dia 13, completa hoje cem nomes e deixa uma pergunta no ar: afinal de contas, o que elas têm em comum?

Por dia, foram publicados dez perfis de grupos que despontaram no cenário pop do final dos anos 90 até hoje. Alguns já são bastante conhecidos do público e da mídia, outros batalham para ganhar tamanha visibilidade, arrebanhando mais fãs e vendendo mais discos.

A escolha dos nomes se deu após consulta a diversas listas de vendagem de discos, de indicações dos melhores álbuns por revistas especializadas e resenhas. Mas há algo mais.

São os predicados e detalhes que mais aparecem nos rótulos predominantes: indie e brit-pop. Não deixa de ser curioso que as bandas indies, que pelo menos inicialmente significavam "independentes", estejam também estabelecendo seus padrões.

Para alguns, os atributos não passam de poses fabricadas pela indústria musical. Para outros, é a tal fórmula da fama --mais cobiçada que a da Coca-Cola. Como ter uma banda de sucesso? Veja cinco dicas bem-humoradas:

1- Seja blasé

Katilce que não nos leia, mas esse negócio de distribuir selinhos para fãs já está datado. Ao menos é o que pregam os novos nomes do pop rock. Com suas expressões faciais de paisagem e seu ar de "sou cool demais para este mundo", as novas bandas se esforçam em passar absoluta indiferença. Cabelos milimetricamente desgrenhados, tênis artificialmente rasgados e camisas surradas são itens indispensáveis para uma banda que se preze.

2- Tenha irmãos

Não é de hoje que ter um parente tocando no mesmo grupo funciona. Oasis e os briguentos irmãos Gallagher, que vêm ao Brasil no dia 15 de março, que o digam. As novas bandas sabem disso, e vão além, apostando mais forte ainda nas parcerias de sangue. Cribs, British Sea Power, Coral, White Stripes, Jet e Subways são apenas alguns exemplos. Com dois casais de irmãos, merece destaque o grupo londrinho Magic Numbers.

3 - Adote nomes longos e estranhos

Nomes curtos, minimalistas e didáticos estão em baixa, seja para título de músicas ou para a própria banda. Se alguém quer realmente impressionar, diz: "Ontem ouvi 'Llanfairpwllgwyngllgogerychwyrndrobwllynyngofod (In Space)' do Super Furry Animals, e depois escutei a faixa 'Upon This Tidal Wave Of Young Blood' do Clap Your Hands and Say Yeah". Agora, se o seu interlocutor quiser replicar à altura, irá responder: "O hype agora são os Macacos do Ártico, com o hit 'I Bet that You Look Good On the Dance Floor'".

4 - Mulheres são bem-vindas

Já se foi o tempo em que rock era coisa de moleques malvados e o new wave era o lugar de meninas --ou, em alguns casos, de músicos gays. Sem perder o estilo performático e sensual, mulheres mostram que rock e pungência sonora não têm gênero. Garotas podem ser vistas fazendo bonito em bandas como Kills, Raveonettes, Garbage, New Pornographers e Sleater-Kinney.

5 - Nova(s) Meca(s)

Quase 40 das cem bandas que foram escolhidas são do estado norte-americano da Califórnia ou da cidade inglesa de Londres. Estes dois cenários aparecem, segundo a lista, como novos pólos musicais. Para quem quer estar no lugar certo na hora certa, o melhor é fazer como o guitarrista brasileiro Magrão, do grupo londrino Guillemots: arrumar as malas e viajar para uma das "mecas" do rock atual.

Especial
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