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23/02/2006
-
09h53
LÚCIO RIBEIRO
Colunista da Folha de S.Paulo
Agora sim. Longe da sombra (e dos fãs) do U2 e longe ainda de São Paulo, a banda escocesa Franz Ferdinand nesta noite literalmente faz o "seu show". O grupo mais dançante do rock dançante, mais adorado por DJs eletrônicos e mais fashion que um desfile do Herchcovitch toca hoje, às 23h, em apresentação "baratinha" e com ingressos esgotados no Circo Voador (r. dos Arcos, s/nº, RJ, tel. 0/xx/21 2533-0354).
"Não sei se estamos tocando em troca de bilheteria, como você diz, mas é certo que queríamos muito tocar no Rio, e dinheiro não seria o problema, porque já ganhamos o suficiente tocando com o U2", disse à Folha, alguns dias antes de chegar ao Brasil, o guitarrista Nick McCarthy.
"Nunca foi nossa intenção aparecer na América do Sul apenas como banda de abertura do U2. E queríamos também dar a chance de nossos fãs verem o Franz Ferdinand sem ser em estádio e sem pagar tanto dinheiro quanto o que é preciso gastar em um show que envolve o U2, por exemplo."
Banda "quase" escalada para o abastado festival Claro que É Rock, o Franz Ferdinand foi parar no Circo Voador por um cachê bem diferente dos cerca de US$ 75 mil que costuma cobrar por um show fora do Reino Unido. Tudo graças ao convite do U2 e da agenda apertada nos próximos meses.
O quarteto escocês, uma das atrações principais do gigante americano Coachella Festival (Califórnia, em abril) e presença garantida em pelo menos dez grandes festivais do verão europeu, ainda saboreia o sucesso de ter feito um segundo disco tão bom e cheio de hits quanto o álbum de estréia. Lançado em outubro de 2005, "You Could Have It So Much Better" já caminha para seu terceiro single, "The Fallen", que sai em março na Inglaterra.
A inesgotável energia do FF levou McCarthy a dizer que a banda pretende gravar o terceiro álbum ainda neste ano, "provavelmente em setembro, se conseguirmos entrar num estúdio".
Mas a banda tem outros planos no espremido calendário entre os shows do Brasil e a programação de festivais pelo mundo: o Carnaval. Nem que seja só no único dia livre da banda na América do Sul, amanhã. "Seria muito estúpido de nossa parte estar no Rio, ter essa folga e não ver a festa."
O guitarrista afirmou que "sabia" como era São Paulo e Rio sem mesmo nunca ter pisado nas duas cidades. "Meu professor de baixo acústico é brasileiro. Ele usou músicas brasileiras para me ensinar a tocar o instrumento, mas não lembro o nome de nenhuma, infelizmente. Ele vive fazendo comparações entre Rio e SP. Uma é paradisíaca, outra é gigante e industrial. Disse que nosso som deveria agradar mais as pessoas de São Paulo, é verdade?"
O fãs do Franz Ferdinand no Rio de Janeiro, que vai receber da banda um show mais longo, mais alto e com o público inteiro a favor, tem a oportunidade hoje à noite de desmentir o professor de baixo acústico de McCarthy.
De desmentir o professor brasileiro e concordar com o que profetizou Bono no show do U2, segunda passada. "Obrigado, Franz Ferdinand. No ano que vem estaremos abrindo para vocês."
Vai brincando, Bono.
Especial
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Colunista da Folha de S.Paulo
Agora sim. Longe da sombra (e dos fãs) do U2 e longe ainda de São Paulo, a banda escocesa Franz Ferdinand nesta noite literalmente faz o "seu show". O grupo mais dançante do rock dançante, mais adorado por DJs eletrônicos e mais fashion que um desfile do Herchcovitch toca hoje, às 23h, em apresentação "baratinha" e com ingressos esgotados no Circo Voador (r. dos Arcos, s/nº, RJ, tel. 0/xx/21 2533-0354).
Divulgação |
Veja ficha do Franz Ferdinand no dicionário de bandas |
"Nunca foi nossa intenção aparecer na América do Sul apenas como banda de abertura do U2. E queríamos também dar a chance de nossos fãs verem o Franz Ferdinand sem ser em estádio e sem pagar tanto dinheiro quanto o que é preciso gastar em um show que envolve o U2, por exemplo."
Banda "quase" escalada para o abastado festival Claro que É Rock, o Franz Ferdinand foi parar no Circo Voador por um cachê bem diferente dos cerca de US$ 75 mil que costuma cobrar por um show fora do Reino Unido. Tudo graças ao convite do U2 e da agenda apertada nos próximos meses.
O quarteto escocês, uma das atrações principais do gigante americano Coachella Festival (Califórnia, em abril) e presença garantida em pelo menos dez grandes festivais do verão europeu, ainda saboreia o sucesso de ter feito um segundo disco tão bom e cheio de hits quanto o álbum de estréia. Lançado em outubro de 2005, "You Could Have It So Much Better" já caminha para seu terceiro single, "The Fallen", que sai em março na Inglaterra.
A inesgotável energia do FF levou McCarthy a dizer que a banda pretende gravar o terceiro álbum ainda neste ano, "provavelmente em setembro, se conseguirmos entrar num estúdio".
Mas a banda tem outros planos no espremido calendário entre os shows do Brasil e a programação de festivais pelo mundo: o Carnaval. Nem que seja só no único dia livre da banda na América do Sul, amanhã. "Seria muito estúpido de nossa parte estar no Rio, ter essa folga e não ver a festa."
O guitarrista afirmou que "sabia" como era São Paulo e Rio sem mesmo nunca ter pisado nas duas cidades. "Meu professor de baixo acústico é brasileiro. Ele usou músicas brasileiras para me ensinar a tocar o instrumento, mas não lembro o nome de nenhuma, infelizmente. Ele vive fazendo comparações entre Rio e SP. Uma é paradisíaca, outra é gigante e industrial. Disse que nosso som deveria agradar mais as pessoas de São Paulo, é verdade?"
O fãs do Franz Ferdinand no Rio de Janeiro, que vai receber da banda um show mais longo, mais alto e com o público inteiro a favor, tem a oportunidade hoje à noite de desmentir o professor de baixo acústico de McCarthy.
De desmentir o professor brasileiro e concordar com o que profetizou Bono no show do U2, segunda passada. "Obrigado, Franz Ferdinand. No ano que vem estaremos abrindo para vocês."
Vai brincando, Bono.
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